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OBJETIVO: |
Caro aluno, você sabia que mesmo quando o gestor mensura e avalia os riscos há a possibilidade de tudo dar errado? Isso mesmo! Toda a vez que um risco se consolida, há grandes danos às organizações e chances dos planos de ação não se consolidarem! |
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender a importância do processo de avaliação dos riscos nos diversos segmentos empresariais e sociais, pois o risco pode estar presente em todas as situações que circundam o homem. No planejamento de projetos a fase de avaliação de riscos é considerada a mais importante, pois a partir dele será dado mais ou menos ênfase ao tratamento dos riscos de acordo com a sua urgência e gravidade. Devido a amplitude dos problemas que circundam o mundo dos negócios, muitos gestores literalmente se “perdem” e não sabem por onde começar a mensurar as ameaças para avaliá-las.
Todavia o profissional gestor responsável pelo segmento de avaliação, deve estar atualizado com os acontecimentos locais e mundiais para mensurar os problemas que podem ocorrer, preparando melhor o ambiente de trabalho para as possibilidades de riscos. Frente a esse cenário desafiador podemos afirmar que a avaliação de riscos é fundamental para a sobrevivência de uma organização, dos seus bens financeiros, materiais e acima de tudo da preservação da saúde do homem. Neste capítulo, essa ferramenta de gestão e controle empresarial, avaliação de riscos, se tornará ainda mais clara para você, e poderá ser aplicada ao seu contexto. E então vamos começar? Fique conosco e bons estudos!
A avaliação de riscos é um processo de suma importância para o sucesso de qualquer negócio, pois dessa forma o gestor terá de forma clara as informações dos problemas internos e externos que circundam o seu ambiente. As empresas que possuem certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) como os da família da norma ISO (Organização Internacional de Normalização) a avaliação de riscos deve ser considerada e implementada obrigatoriamente para a manutenção dos selos de qualidade. Importante: [[os SGQ’s visam à máxima qualidade de produtos e serviços prestados aos clientes]].
Para as empresas que possuem o SGQ implantado a avaliação de riscos significa o levantamento de todas as não conformidades, devendo ser registrados em relatório de auditoria para o seu devido tratamento. Com isso, a empresa por meio dos seus gestores de riscos deverá implementar metodologia específica para mensurar, avaliar e tratar os riscos inerentes a atividade da empresa.
Figura 1 – Riscos diversos
Fonte: @pixabay
A avaliação de riscos é um processo que pode ser utilizado também nos ambientes de rotina social, como por exemplo: a avaliação de possíveis problemas de uma viagem de férias, de uma cirurgia, da troca de veículo, da troca de piso, dentre outros. Conforme o PMBOK (2007), são inúmeras as vantagens da aplicação de ferramentas para a avaliação de riscos, dentre elas:
•Economia de recursos financeiros, pois os gastos de dinheiro para resolver situações inoportunas reduzem.
•Maior eficácia do negócio, pois haverá maior preparação dos ambientes interno e externo.
•Maior preparação física, no caso de riscos à saúde.
•Melhor mensuração de reposição de bens materiais novos aos antigos que representam riscos.
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IMPORTANTE: |
Com a avaliação de riscos o gestor estará mais preparado para as situações que possam ocorrer |
Para análise de riscos o gestor deve abranger os aspectos econômicos, sociais e territoriais que circundam o ambiente e trazem os maiores números de dados possível, indagando-os para que todas as possibilidades de problemas sejam levantadas e os riscos sejam os menores possíveis. Dessa forma, o gestor terá maior conhecimento do ambiente para enfrentar possíveis crises que ocorram no seu negócio ou ambiente social.
•Como o negócio irá se sustentar financeiramente?
•Que tipo de venda apresenta o menor risco de rejeição?
•Como funciona a economia local do meu ambiente de negócio?
•Quais são as chances de acidentes pessoais?
Os riscos abordam as políticas públicas que circundam o projeto, as características das pessoas, a cultura e as diferenças sociais. Os riscos também estão presentes nos ambientes territoriais que envolvem a implantação física do negócio, o clima da região, as variações de temperatura, as diferenças de altitude e as catástrofes, ou seja, todas as situações de incerteza de quaisquer aspectos.
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IMPORTANTE: |
Muitos gestores erram na avaliação de riscos |
A negligência quanto aos riscos existentes e a sua má avaliação podem acarretar danos irreparáveis de caráter material/territorial, pessoal, financeiro, podendo ocasionar até mesmo no fechamento de uma organização. Quanto mais completa for a análise menores são as chances de materialização dos riscos. Veja a figura 2.
Figura 2 - Análise de riscos
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
Os impactos da avaliação de riscos envolvem também o tempo de execução, ou seja, quanto maior a antecedência de avaliação maiores serão os benefícios, pois o gestor poderá eleger prioridade para o tratamento dos riscos existentes, deslocando recursos financeiros, materiais e pessoais para os problemas mais danosos ao ambiente.
Figura 3 - Avaliação de riscos versus tempo
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
Os riscos pessoais ou empresariais podem sofrer interferência de ocorrências externas, fora do alcance do gestor e do seu entendimento, pode ser de nível global, sob o qual o gestor não possui controle. Normalmente esse tipo de risco afeta drasticamente o ambiente, devido a sua complexidade e periculosidade. Os riscos globais caracterizam-se por: epidemias, desentendimento entre países, mudanças econômicas, climáticas, de legislação, dentre outras. Nesse segmento, cabe ao gestor de riscos adaptação, empatia e estudos para resolver os impactos desses riscos.
Exemplo: estados que fazem fronteira com outros países sempre correm algum tipo de risco imediato, decorrentes de problemas internacionais, tais como greves, epidemias, conflitos armados, mudanças climáticas e outros.
Quando um gestor erra na avaliação de riscos, novos elementos inoportunos ao processo são gerados, ou seja, surgem novos problemas com facilidade. Os riscos envolvem situações de incertezas e até mesmo desconhecimento técnico necessário para a sua resolução. Muitas vezes, o gestor é colocado frente a uma situação da qual nunca participou, mas precisa tomar decisões imediatas, as quais nem sempre são assertivas.
Os principais erros cometidos pelo gestor na avaliação e riscos são: identificação e tratamento incorretos (aqui envolve a tomada de decisões), pressa em resolver o problema de imediato ou no menor tempo possível e repasse da avaliação de riscos para outro por negligência, falta de experiência ou desconhecimento técnico.
Figura 4 – Erros na avaliação de riscos
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
1.Identificação dos fatores e tratamento de forma incorreta.
2.Pressa para a resolução dos problemas.
3.Repasse de informações e de fatores incorretos.
A avaliação de riscos é uma atividade vital para a sobrevivência de qualquer ambiente seja ele de negócio ou de convívio e entretenimento social. Enquanto gestor ou detentor da situação questionamentos devem ser recorrentes tais como: você sabe como identificar os riscos inerentes do seu ambiente social, de trabalho e do mercado que o circunda? Você tem conhecimento das variáveis que circundam o ambiente e que estão fora do seu controle?
Para a avaliação de riscos recomenda-se:
•Identificar os perigos.
•Determinar os níveis de proteção necessários aos riscos.
•Mensurar graus e fatores de risco.
•Determinar requisitos metodológicos para a avaliação dos riscos.
•Determinar padrões para a seleção de fornecedores.
•Determinar avaliações personalizadas, como testes para mensurar os fatores de risco, se necessário.
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IMPORTANTE: |
Existem empresas especializadas em realizar a avaliação de riscos de crédito, por exemplo, que atribuem a uma empresa, banco ou país a capacidade de pagar suas dívidas. No mercado de gestão essa especialidade é conhecida como Rating |
Figura 5 – Avaliação de riscos
Fonte: @pixabay
Outro desafio do gestor de riscos é ajudar a empresa em que atua a recuperar as fragilidades do negócio, no desenvolvimento de metodologias para a estruturação de plano de ação, dando respostas aos riscos.
Um gestor não pode analisar somente as probabilidades de os riscos acontecerem, mesmo que as chances de a ocorrência serem baixas, mas também as improbabilidades, dessa forma ele estará mais preparado a resolver situações inoportunas.
Sobretudo, o gestor deve estar atento aos impactos do risco, ou seja, todos os danos negativos sejam eles nos aspectos pessoais, materiais ou financeiros. Muitas vezes o risco é baixo e acaba sendo descartado no processo de avaliação do gestor. Tal decisão é um erro, pois normalmente os impactos da ocorrência na materialização dos riscos são extremamente danosos.
Figura 6 - Impacto versus ricos
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
Quanto mais frágil estiver a estrutura física e de gestão de uma organização maiores serão os impactos na efetivação do risco, o qual sempre necessita de recursos materiais e pessoais para a sua resolução. Empresas com maiores aportes de seus ativos imobilizados, solvência de caixa e mão de obra capacitada recuperam-se com mais agilidade e confiança da não reincidência da materialização dos riscos.
Exemplos: riscos de explosões, raios, incêndios, inundações, tornados, vendavais, nevasca, dentre outras possibilidades de catástrofes são exemplos de riscos baixos, mas com alto impacto.
A matriz de avaliação de riscos é uma ferramenta de gestão que pode ser construída por exemplo em Excel ou Word. Nela devem constar todos os riscos de uma organização, segmento ou setor, categorizando-os, identificando a probabilidade de ocorrência, grau de impacto, bem como elegendo responsáveis e respostas para cada situação mensurada na matriz.
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IMPORTANTE: |
a matriz de riscos é uma ferramenta de fácil construção para a avaliação e tomada de decisões |
Essa ferramenta permite ao gestor visualizar onde e em que momento estão os maiores e os menores riscos para a tomada de decisões com maior assertividade, menor tempo sem descartar a qualidade da tratativa definida.
Quadro 1 – Matriz de análise de riscos
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
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IMPORTANTE: |
Uma matriz é o cruzamento de eixos |
Para a construção de uma matriz de riscos o gestor deve definir os eixos de avaliação, atentando, principalmente para as probabilidades e consequências de materialização dos riscos.
Os impactos devem ser classificados como: desprezível, médio e extremo.
Quadro 2 – Impacto versus Preocupação do gestor
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
Em relação as probabilidades elas classificam-se em: quase certa, possível e rara.
Quadro 3 - Probabilidade versus Preocupação do gestor
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
Com base no PMBOK (2007), a análise das probabilidades e impactos da avaliação de riscos será mais precisa, sendo possível a sua classificação em:
•Riscos triviais – a preocupação do gestor de riscos deve ser baixa, mas não excludente.
•Riscos moderados – requerem maior preocupação do gestor na avaliação e monitoramento das respostas.
•Riscos intoleráveis – são aqueles que a organização deve evitar e buscar respostas para contornar as situações de risco.
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RESUMINDO: |
Vamos recapitular tudo o que estudamos neste capítulo? Então, a avaliação de riscos é uma atividade de extrema importância para a eficácia das decisões de gestão nos diversos ambientes onde há interferência humana, sejam eles de convívio profissional ou social. A partir da correta avaliação, o gestor poderá classificar os riscos e proceder com a tratativa prioritária aos de maior grau de impacto, se materializados. Para todo o risco há impacto, sendo assim nenhuma possibilidade de ocorrência pode ser descartada. Os gestores podem contar com ferramentas de classificação de riscos para posterior avaliação, como a matriz de risco. Ela é considerada um instrumento de fácil construção, alimentação e análise, sem descartar a qualidade de processamento de informações para a tomada de decisões. Sobretudo os gestores devem considerar que todos os riscos são relevantes! |
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OBJETIVO: |
Caro aluno, o planejamento de riscos é uma atividade de suma importância nas organizações, envolve a aplicação de técnicas pelo gestor, sendo considerado um recurso chave para o sucesso das organizações. Muitos especialistas acreditam que o planejamento é a etapa fundamental para aumentar as chances de sobrevivência de uma empresa. O gerenciamento de riscos envolve estudos de como todos os imputs (entradas) e outputs (saídas) são controlados para aumentar as possibilidades de ganhos e diminuir as de perdas das empresas, sendo este um grande desafio para os gestores devido a sua complexidade. Então podemos entender que o planejamento envolve atos de administração e gestão para o atingimento dos objetivos pré-determinados. É um processo permanente e contínuo para a tomada de decisões, dessa forma minimizando ou até mesmo eliminando os riscos presentes nas mais diversas situações e ambientes sejam elas sociais ou empresariais. O processo decisório quanto ao planejamento de riscos deve ser único, exclusivo, pois o que é coerente para minimizar, resolver e até mesmo evitar os riscos de uma organização provavelmente não se aplique a outra, devido as diferenças materiais, regionais, de pessoas, dentre outras. Todavia devido ao seu caráter antecipador, de previsões administrativas o planejamento de riscos pode ser considerado a chave para o sucesso. |
Então, preparado para embarcar em mais uma jornada de estudos rumo ao conhecimento? Vamos lá!
Diariamente planejamos atividades básicas da nossa rotina pessoal e de trabalho sem percebermos. Ao acordar buscamos satisfazer nossas necessidades por meio da alimentação, vestimenta e exercícios físicos. No decorrer do dia traçamos planos logísticos para os locais de trabalho e estudo. Planejamos reuniões, aniversários, viagens, confraternizações, ou seja, a maior parte do dia do homem é envolvido por ações de planejamento.
Para que o gestor de riscos realize o planejamento em prol de minimizar ou até mesmo evitar impactos negativos são necessários a preparação e organização na estruturação dos objetivos a serem cumpridos. O planejamento de riscos ocorrerá com sucesso ser houver ações flexíveis pelos gestores de forma que todas as possibilidades de riscos sejam levantadas, pois um grande perigo encontra-se em se desconsiderar a possibilidade de materialização de um risco. Nesse caso, pessoas físicas e jurídicas estão passíveis a serem pegas de surpresa, nesse caso os impactos dos riscos, pelos danos causado, podem ser ainda maiores. O gestor de riscos deve ser um profissional com olhar para o futuro, independente do ramo de atuação e porte da empresa, mesmo que nem todos os riscos possam ser controlados.
As organizações não são capazes de compreender todas as condições variáveis do ambiente de uma só vez, pelo fato de que algumas das variáveis estão sujeitas a influências que as empresas não podem sequer prever ou controlar. (CHIAVENATO, 2002, p. 370)
Além das dificuldades que os gestores encontram da previsão de riscos há também o desafio do controle das situações que geram problemas nos ambientes de interação do homem. Em muitos setores dos ambientes organizacionais o grau de risco é tão intenso que se perde o controle da situação.
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IMPORTANTE: |
O planejamento é a base das organizações |
Figura 7 – Visão de futuro
Fonte: @pixabay
Sem o planejamento de riscos o gestor estará à mercê da própria sorte, pois nesse caso ele não para pensar com antecedência em problemas que podem ocorrer com a materialização dos riscos. Então podemos compreender que o planejamento não pode ser somente sonhado, idealizado, ele precisa ser consolidado, colocado no papel e compartilhado com o apoio dos demais membros da organização para a prática das ações.
“O administrador consegue fazer tudo através das pessoas, razão pela qual elas ocupam posição primordial nos negócios de todas as organizações” (CHIAVENATO, 1999, p. 283).
O planejamento de riscos deve ser estruturado pelo gestor através da mensuração e execução dos objetivos traçados, os quais deverão ser avaliados e reavaliados a curto, médio e longos prazos, consoante necessidades do cenário e realidade, de acordo com a missão, visão e valores organizacionais. Para Leusin et al (2006, p. 115): “Os métodos de gestão representam um conjunto de práticas disponíveis para o uso no sistema de gestão das empresas”.
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IMPORTANTE: |
Missão é o propósito da organização, visão é onde a empresa quer chegar e valores são atitudes esperadas pela organização |
“A missão da empresa deve ser definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo, e não em termos de oferecer algum produto ou serviço ao mercado” (KOTLER, 1980, p. 83).
Figura 8 - objetivos de planejamento
Fonte: @pixabay
Quadro 4 - Planejamento
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado)
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IMPORTANTE: |
As metas organizacionais podem ser controladas pelas ferramentas definidas para o planejamento de riscos |
Todavia o planejamento só será eficaz se houver pelo menos a diminuição dos impactos dos riscos e sobretudo aumento nos esforços quanto as tentativas de impedimento de materialização deles. Isso será possível se houver visão de futuro pelo gestor.
Conforme o PMBOK (2007), para o planejamento de riscos o gestor deve:
•Conhecer a missão, visão e valores da empresa, para que os objetivos organizacionais sejam cumpridos.
•Realizar minucioso diagnóstico da situação da organização, na análise dos ambientes internos e externos, mensurando todas as situações que podem e devem ser melhoradas.
•Conhecer objetivos e metas. A meta deve ser clara, mensurável, atingível, relevante e tangível para o cumprimento do objetivo de riscos.
•Executar o plano de ação, após terem sido traçados com clareza, objetivos e metas.
•Realizar o controle, na definição prazos de resposta quanto a efetividade do planejamento, ou seja, averiguar se tudo está dando certo ou não.
O planejamento deve mudar conforme as alterações dos cenários internos e externos que circundam as pessoas e as organizações. As metas devem ser constantemente revisadas e reestruturadas. É relativamente fácil que se cometam erros no planejamento, a maior ocorrência é quando os objetivos são colocados fora da realidade com metas intangíveis, dados pouco específicos e mensuráveis.
A vida de qualquer administrador é uma sucessão de incontáveis decisões. Algumas, talvez a maioria, são tão rotineiras que exigem pouco esforço do pensamento. São decorrentes de respostas a problemas lógicos. Outras, entretanto, exige um certo tipo de sensibilidade especial, uma forma diferente de desenvolver o pensamento. Estas são as decisões estratégicas – são as que lidam com novas direções, mudança, visão de mundo, vencer a competição, e até, em muitos casos, lucrar. (COSTA NETO, 2007, p. 40)
As metas traçadas pelas organizações devem ser relevantes, tangíveis, mensuráveis, específicas e atingíveis pois diversos recursos nos aspectos materiais, pessoais e financeiros são dispendidos para o seu alcance e cumprimento dos objetivos traçados.
Figura 9 - Metas
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
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IMPORTANTE: |
O objetivo é maior, as metas são as ações necessárias para que o objetivo seja cumprido |
Para o atingimento dos objetivos, no cumprimento de metas sempre haverá tarefas a serem realizadas, as quais precisam de pessoas capacitadas a execução do plano de ação estruturado.
A Administração de Recursos Humanos pode, pois, ser entendida como a Administração de Pessoal baseada em uma abordagem sistêmica. Qualquer conjunto de partes unidas entre si pode, portanto, ser considerado um sistema, desde que as relações entre elas e o comportamento do todo sejam o foco da atenção. (GIL, 2014, p. 21)
Figura 10 - Execução de tarefas
Fonte: @pixabay
O diagnóstico dos riscos permitirá ao gestor ter uma visão mais ampla e precisa dos riscos que envolvem a empresa. O gestor pode utilizar ferramentas de gestão voltadas à qualidade como a análise de SWOT, bastante utilizada no mapeamento e padronização de processos.
Na análise de SWOT são analisados os ambientes internos e externos das organizações, no levantamento dos pontos fortes, fracos (ambiente interno), oportunidades e ameaças (ambiente externo). Essa ferramenta pode ser construída a partir de um quadro onde os gestores listam as situações de riscos relevantes. Com essa análise, a precisão do diagnóstico de riscos será mais clara e objetiva para o gestor.
Quadro 5 – Análise SWOT
Fonte: Dornelas, 2015 (Adaptado).
Para a fase de execução do planejamento de riscos recomenda-se o uso da ferramenta 5W2H na distribuição e relevância das tarefas que devem ser executadas através da elaboração de perguntas. O planejamento é realizado pelo questionamento dos riscos levantados, pois as soluções podem estar nas respostas das questões levantadas.
“O 5W2H representa as iniciais das palavras em inglês, Why? (Por quê?), What? (O quê?), Where? (Onde?), When? (Quando?), Who? (Quem?), How? (Como?) e How much? (Quanto custa?)” (LEUSIN, 2006, et al., p. 109).
Quadro 6 – 5W2H
Fonte: Meira, 2003 (Adaptado).
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RESUMINDO: |
Estudamos que o planejamento é a base para o sucesso das organizações, cabendo ao gestor de riscos elaborar metodologias adequadas através de ferramentas de gestão e qualidade para a sua realização. O planejamento de riscos deve ser claro e preciso. Ele precisa ser colocado no papel para que as ações práticas ocorram, sendo fundamental a participação de pessoas capacitadas para a execução das tarefas mensuradas no plano. |
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OBJETIVO: |
Caro aluno, você sabia que na grande maioria das situações os gestores encontram dificuldades na identificação de riscos? Isso mesmo! Isso ocorre devido às incertezas que circundam os riscos, que na maioria das vezes contam com a probabilidade da sua ocorrência ou não. Inicialmente, o gestor deve ter conhecimento básico dos riscos que o circunda para a sua correta identificação e tratamento. Afinal, será muito difícil identificar algo que nunca se viu não é mesmo?! Uma organização precisa que os riscos sejam constantemente identificados, pois sempre haverá a possibilidade de mudanças contextuais, de ambiente, clima, materiais, pessoas, etc. Essas mudanças podem acarretar novos riscos os quais precisam ser conhecidos e mensurados com a máxima precisão possível para a sua prevenção. Portanto, a identificação dos riscos é uma função empresarial, devendo ser estudada para a estabilidade e segurança dos ambientes e o consequente bom funcionamento das atividades que o circundam.. |
E então vamos embarcar em mais essa jornada rumo ao conhecimento? Continue conosco! Vamos em frente!
Os riscos referem-se a uma condição incerta que se materializados poderão causar efeitos negativos, refletindo em danos materiais e pessoais. É necessário considerar que dentro das situações sociais ou organizacionais, de operações manuais ou mecanizadas o infortúnio de riscos é constante. Os riscos podem ser positivos às organizações quando geram novas oportunidades de implementação voltadas a melhorias, saúde, qualidade, produtividade ou até mesmo de inovação e geração de novos negócios.
Na área de saúde e segurança do trabalho é de suma importância que os riscos inerentes ao ambiente, sejam nas instalações elétricas, hidráulicas, estruturais e demais instrumentos que se refiram às atividades de trabalho e convívio pessoal e que possam causar acidentes, sejam corretamente identificados.
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IMPORTANTE: |
A identificação de riscos é uma atividade empresarial de segurança |
Figura 11 - Riscos
Fonte: @pixabay
Os riscos positivos e negativos podem estar presentes em todos os ambientes e situações do cotidiano, desde a falta de mão de obra qualificada a qual pode paralisar a execução de um projeto até a presença de um vírus virtual capaz de danificar computadores e sistemas de tecnologia da informação de toda uma empresa. Os riscos positivos podem estar presentes nos testes de uma nova vacina ou medicação, por exemplo, na formação de novos negócios que envolvam a resolução dos impactos dos riscos negativos e demais situações em que um ponto fraco se transforme em forte e uma ameaça passe a ser oportunidade.
Muitos gestores consideram os riscos conhecidos como restrições, as quais devem ser tratadas com limitações. A fim de minimizar os efeitos dos riscos negativos e estimular a segurança, as normas regulamentadoras (NRs) apresentam orientações e procedimentos obrigatórios para a maior eficácia na identificação de riscos nos ambientes. As normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho conhecidas como NR´s são fundamentadas pela Consolidação da Leis do Trabalho (CLT) e pela Constituição Federal (CF). A norma regulamentadora NR 24, por exemplo, estabelece as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. A NR 18 estabelece as condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção. A NBR 5410 é a norma brasileira que trata de instalações elétricas de baixa tensão.
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IMPORTANTE: |
A associação brasileira de norma técnica ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica do país, base para o desenvolvimento tecnológico |
Quadro 7 - Riscos positivos e negativos
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
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IMPORTANTE: |
Muitos gestores consideram os riscos conhecidos como restrições as quais também devem ser tratadas |
Uma das técnicas para se identificar os riscos existentes é o uso da ferramenta de gestão e qualidade conhecida como brainstorming, também conhecida na literatura como tempestade de ideias ou toró de palpites. Essa ferramenta estimula a criatividade e a geração de ideias, pois com ela todos os integrantes têm a mesma oportunidade de falar e opinar sobre as situações. Com isso, as chances de identificação dos riscos são ainda maiores para a elaboração de um plano de ação e tomadas de decisões pelos gestores.
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IMPORTANTE: |
O coordenador ou facilitador da reunião de brainstorming não pode inibir as ideias dos participantes. Ele pode inclusive iniciar a reunião dando uma ideia “fora da caixa” desinibindo assim a proposição de novas ideias |
Figura 12 – Anotações para o brainstorming
Fonte: @pixabay
O brainstorming é uma ferramenta de rápida duração, normalmente conta com a participação de equipes multidisciplinares, onde as ideias devem ser registradas por escrito e visualizadas por todos. Recomenda-se que um coordenador seja eleito para organizar e direcionar a reunião para a aplicação dessa técnica e cumprimento dos seguintes passos:
•Reunião da equipe de trabalho para a identificação de riscos.
•Convocação de uma pessoa para realizar as anotações.
•Alocação física dos participantes em formato de “U”, dessa forma todos estarão no mesmo grau hierárquico para a proposição de ideias.
•Realização da exposição detalhada sobre o risco a ser analisado com o maior número de dados possíveis. Podem ser utilizados fotos, gráficos, dados, amostras, depoimentos, ou seja, todas as informações que demonstrem os impactos na materialização dos riscos.
•Fomento de discussão para o levantamento das causas dos riscos.
•Leitura e releitura das informações que foram apresentadas por escrito, questionando se mais alguém da equipe localizou a mesma informação.
•Determinação das causas mais relevantes dos riscos discutidos, atribuindo valores de zero a dez para eles. A somatória dada pelos participantes para cada causa, determinará ao final da reunião as escolhas mais relevantes que devem ser tratadas para aquele momento.
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NOTA: |
Cada participante tem a liberdade de escrever suas ideias nos blocos de anotação, expondo-os |
Todavia é proibido que no brainstorming as ideias expostas e comentários realizados pelos participantes sejam criticados, pois isso inibirá contribuições que possam levar a identificação dos riscos. Os participantes devem ter a liberdade de pensar “fora da caixa” e propor ideias para a identificação dos riscos, independente da assertividade.
Após a aplicação da ferramenta o coordenador deve juntar todas as ideias colocadas na reunião de identificação de riscos, juntando as similares para a proposição de resoluções por categorias. Nesse momento, o gestor deve aplicar um filtro para as proposições relevantes, descartando as irrelevantes.
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IMPORTANTE: |
Para os participantes das reuniões de brainstorming as fantasias de ideias são ilimitadas |
Outra técnica para a identificação de riscos é o Método Delphi, elaborado por psicólogos americanos durante o período da Guerra Fria. Essa ferramenta é oposta ao brainstorming. O brainstorming é um método aberto para a análise de riscos e o Delphi um método fechado, pois nele o coordenador prepara um questionário a ser respondido pelos participantes da análise de riscos.
No Método Delphi o questionário é realizado por diferentes especialistas na busca de evidências de novos riscos. O questionário deve ser respondido de forma anônima e após apuração dos dados obtidos o facilitador reencaminha aos participantes do grupo para novas contribuições.
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NOTA: |
A palavra Delphi remete à Grécia antiga no uso de métodos místicos |
Figura 13 - Técnica de identificação de riscos
Fonte: @pixabay
Uma das grandes vantagens desse método é a colaboração de equipes técnicas resultando num consenso entre especialistas. Outra grande vantagem é que o método não precisa da presença física dos participantes, ele pode ser aplicado à distância, até mesmo em diferentes locais do mundo, uma vez que o questionário pode ser encaminhado e devolvido pela internet. A independência de respostas no método Delphi é outra vantagem em relação ao brainstorming onde os participantes têm a tendência de seguir opiniões de uma liderança do grupo.
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IMPORTANTE: |
Devido as redes internacionais de comunicação o método Delphi possui abrangência internacional |
Figura 14 - abrangência do método Delphi
Fonte: @pixabay
As desvantagens do Delphi são inerentes ao tempo, pois a aplicação do método é mais demorada do que no brainstorming, que pode ser realizado em reuniões de quarenta minutos. No Delphi há a necessidade de conhecimento técnico do coordenador facilitador para a elaboração do questionário de pesquisa, reorganizando as respostas para a contribuição dos especialistas caso necessário.
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IMPORTANTE: |
Com o método Delphi mesmo com as diferenças de opiniões entre especialistas a tendência é do consenso |
Os resultados da aplicação de métodos de identificação de riscos é a possibilidade de construção de lista para os riscos identificados, contendo categorias, tipo, descrição e localização dos riscos.
Quadro 8 - Lista de riscos
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
A identificação é uma atividade empresarial extremamente relevante nos ambientes, devendo ser tratada com a máxima prioridade, pois a partir dela serão tomadas decisões. Cabe aos gestores definirem a ferramenta mais adequada para essa atividade.
Quadro 9 - Brainstorming e Delphi
Fonte: Behr, Moro e Estabel, 2008 (Adaptado).
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RESUMINDO: |
A identificação de riscos é uma atividade empresarial de suma importância, pois a partir dela serão tomadas decisões resolutivas frente às situações inoportunas que ocorre nos ambientes. O impacto potencial dos riscos favorece a adaptação para o uso de ferramentas de gestão e qualidade como o brainstorming e o Delphi, cabendo ao gestor pesquisa e estudo para a melhor tomada de decisões. |
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OBJETIVO: |
Caro aluno, você sabia que o controle e a mitigação de riscos são responsabilidades dos gestores de uma organização? Isso mesmo! O gestor deve proceder com o uso de técnicas e ferramentas para a tratativa de riscos, na redução e controle dos riscos de forma criteriosa. A mitigação envolve ações de redução dos impactos dos riscos e até mesmo das suas consequências de difícil reparação como por exemplo os desastres. Na mitigação são aplicadas medidas por busca de padrões aceitáveis para a ocorrência dos riscos, pois nem sempre será possível evitá-los. Para tanto o gestor deve conhecer todos os setores da empresa ou ambiente social e estudar todos os riscos potenciais, utilizando de ferramentas de gestão e qualidade para a tomada de decisões. Dessa forma, haverá maior controle e possibilidades de redução de riscos propiciando ambientes mais seguros para os seus usuários. E então curioso? Continue conosco nesta jornada rumo ao conhecimento!. |
O controle e mitigação de riscos envolvem medidas de gestão de caráter técnico, as quais devem ser planejadas e colocadas em prática. A expectativa é que sejam alcançados os objetivos de gestão de riscos, com resultados eficazes quanto ao aumento da segurança e a consequente diminuição de perdas materiais e financeiras. Nesse processo de alcance de resultados, os gestores também podem traçar metas de redução de riscos a serem atingidas pelas pessoas e setores organizacionais, sendo atingidos ao longo dos dias, semanas, meses ou anos. De forma geral, os riscos são passíveis de controle, diminuição e até mesmo eliminação. O maior desafio é o controle de riscos ocultos e a realização de tarefas pelo homem, ou seja, aqueles riscos que não podem ser vistos, mas estão presentes no cotidiano das tarefas e atividades. O controle nessas situações ocorrerá com correta identificação dos riscos que pode ser realizado por observação, pesquisa, testes e estudos.
Figura 15 - Ações de controle e mitigação de riscos
Fonte: @pixabay
Um grande desafio do controle e mitigação de riscos é a transformação das situações inseguras e seguras, pois na maioria das vezes o plano de ação mexe com a rotina social e de trabalho das pessoas, sendo necessária a quebra de paradigmas, ou seja, da mudança de padrões de conduta e execução pré-determinados. Apesar do desconforto que altera a rotina do cidadão, essa transformação será obtida pela conscientização dos riscos na importância da aplicação de medidas de proteção, mas, principalmente de prevenção da materialização dos riscos de qualquer tipo de aspecto ou ambiente.
“Na ausência de um paradigma ou de algum candidato a paradigma, todos os fatos que possivelmente são pertinentes ao desenvolvimento de determinada ciência têm a probabilidade de parecerem igualmente relevantes” (KHUN 2013, p. 35).
A mitigação envolve ações de redução de riscos a padrões aceitáveis pela sociedade, ou seja, aos quais ela possa suportar. O tema é tão importante que na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB, através da lei nº 12.608/2012 há uma cláusula que prevê a inserção transversal de conhecimentos de defesa civil aos alunos do ensino fundamental. Essa lei objetiva disseminar o conhecimento em segurança em prol dos riscos, visando a redução dos impactos advindos de desastres naturais tais como vendavais, enchentes, granizos, deslizamento de terra, dentre outros.
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IMPORTANTE: |
Mitigar é minimizar os efeitos |
Exemplos: no ano de 1755 um Tsunami atingiu a cidade de Lisboa em Portugal, causando cerca de cem mil mortes; em janeiro de 2010 um Terremoto atingiu o Haiti deixando cerca de duzentos e cinquenta mil mortos. Em julho de 2020 um ciclone atingiu várias cidades do Estado de Santa Catarina causando em torno de dez mortes.
Os gestores devem possuir mecanismos de controle e gestão específicos, de forma que os riscos, nas suas respectivas fontes e situações inseguras, estejam os mais claros possíveis para a tomada de decisões.
Quadro 10 - Descrição de riscos
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
As responsabilidades de controle e mitigação de riscos são inerentes às atividades organizacionais e distribuição de cargos nas empresas, ou seja, há responsabilidades gerenciais e técnicas caso os riscos se materializem. Inicialmente o gestor deve procurar eliminar os riscos, substituindo máquinas, equipamentos, componentes, procedimentos de trabalho e demais objetos que causem riscos de danos e acidentes, seguindo parâmetros técnicos. Se não for possível que o risco se materialize, o gestor deve proceder com mecanismos de atenção e alerta aos usuários da melhor forma possível. Veja o quadro:
Quadro 11 – Metas para a redução de riscos
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
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IMPORTANTE: |
A eliminação de riscos descarta a possibilidade de reincidência de novos erros, acidentes, doenças, lesões ou perdas materiais |
Exemplo: o tratamento ambiental de um rio evitará que ele transborde e atinja comunidades.
Nas organizações as formas de controles técnicos de riscos, advindos de conhecimentos de engenharia, por exemplo, envolvem ações corretivas de intenção preventiva, na adequação de ambientes, máquinas e equipamentos de forma eficiente com a máxima segurança aos usuários.
O controle de riscos envolve a aplicação de técnicas, mas sobretudo um acompanhamento e manutenção que garanta a eficácia das medidas tomadas. Os riscos serão controlados e reduzidos toda a vez que houver a participação constante e responsável de pessoas que contribuam com a conscientização de outros colegas para com a segurança. Conforme Barbosa (2011), para que os planos de gerenciamento de controle de riscos evoluam de forma que as metas traçadas sejam atingidas são necessários:
•A participação efetiva de pessoas tecnicamente capazes e comprometidas.
•Adoção de métodos de controle de riscos eficientes.
•Organização das ações de planejamento.
•Supervisão consciente e constante dos riscos.
Nas áreas administrativas o controle de riscos envolve preponderantemente a gestão de pessoas voltadas a educação, para a disseminação de programas, processos e procedimentos adotados pela gestão quanto os riscos.
Nos ambientes sociais e empresariais que envolvem o trânsito de pessoas os mecanismos de sinalização são de suma importância para o controle e mitigação de riscos. Podem ser usados sinais, bonecos, placas, cores, lâmpadas e demais artifícios que chamem a atenção.
Na elaboração de um projeto os riscos podem ser previstos ou não. Se não a sua identificação ocorrerá com a constatação dos fatos. Para cada uma dessas situações são necessárias ações apropriadas de controle as quais devem ser descritas num plano de ação e colocadas em prática se necessário. Havendo a incidência de novos riscos eles devem ser incluídos no plano de ação.
Figura 16 - Previsão e identificação de riscos
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
De uma forma geral, os riscos devem ser registrados com o máximo de informações confiáveis de caráter qualitativo e quantitativos. Dessa forma, será mais fácil e assertiva a tomada ações de controle e mitigação.
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IMPORTANTE: |
a realização de cursos, treinamentos e reciclagens são muito importantes para o controle de riscos |
Todavia o controle e mitigação de riscos não ocorrerá quando as condições pessoais, técnicas e materiais forem incompatíveis com o plano de ação traçado, ou seja, se houver uma superestimação e supervalorização dos recursos disponíveis. Essas condições podem ser conscientes ou inconscientes. Conforme Barbosa (2011) as condições inseguras são normalmente causadas por pessoas na ocorrência de:
•Falta de conhecimento técnico.
•Desgaste físico ou mental.
•Indisciplina, irresponsabilidade ou insegurança.
Tais intercorrências devem-se também ao fato de que muitas pessoas não trabalham em equipe para o sucesso das tarefas, ou seja, realizam tarefas individuais e inconsequentes para com os riscos.
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IMPORTANTE: |
Nem todo grupo trabalha em equipe |
O uso de técnicas matemáticas nos estudos de probabilidade são recursos bastante eficazes para o controle de riscos e seus efeitos, pois dessa forma poderão ser eleitas prioridades de atenção e tratamento. O gestor pode construir uma tabela catalogando os riscos e agregando valores para eles.
Conforme o PMBOK 2007, a probabilidade do risco pode ser determinada como:
•Muito baixa, menor que 10%.
•Baixa, entre 10 a 25%.
•Moderada, entre 25 a 50%.
•Alta, entre 50 a 75%.
•Muito alta, maior que 75%.
Os efeitos do risco podem ser classificados em: catastróficos, sérios, toleráveis ou insignificantes.
Quadro 12 – Probabilidades de riscos e efeitos
Fonte: PMBOK, 2007 (Adaptado).
O monitoramento de riscos é a atividade de controle dos riscos que pode ser realizado através de planilhas de controle, elegendo responsáveis que assegurem a execução dos planos de ação e avaliem a sua efetividade para a mitigação dos riscos.
Quadro 13 - Monitoramento dos riscos
Fonte: Barbosa, 2011 (Adaptado).
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RESUMINDO: |
Convido você a recapitular o último tema de estudos desse módulo?! Vamos lá?! O controle e mitigação de riscos são atividades muito importantes na gestão de riscos pois com eles será possível que as situações de riscos sejam estudadas a ponto de serem reduzidas e até mesmo evitadas. Ainda que os riscos saiam do controle, como na possibilidade de catástrofes naturais, quanto maior for a preparação do homem, menor é a chance de trabalhar com situações inoportunas e menores serão os impactos negativos. Os riscos podem estar presentes em todos os ambientes e situações, cabem aos gestores utilizarem ferramentas promissoras ao melhor controle das situações que possam causar danos pessoais, físicos ou materiais. |
Referências
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