OBJETIVO: |
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Ao término deste capítulo você será capaz de conceituar anatomia humana, as abordagens, termos e variações anatômicas. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! |
O termo “anatomia” vem da palavra grega temnein, que significa “cortar” (DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015). A Anatomia é o estudo das estruturas e funções do corpo Humano, que podem ser observadas macroscopicamente e microscopicamente (Figura 1). Neste e-book iremos abordar principalmente a anatomia macroscópica. O estudo da anatomia pode ser por meio da visualização e dissecção de cadáveres, visualização em modelos de plástico, ou mesmo em livros e por meio do ensino no computador (Em módulos de ensino a distância).
Figura 1: A Anatomia Humana estuda a macroscopia e a microscopia do corpo humano
Fonte: Stockphoto
Na anatomia humana existem 3 tipos de abordagens:
•A anatomia regional, onde o corpo é estudado por regiões, tais como cabeça, pescoço, tórax, abdome, dorso, pelve/períneo, membros superiores e membros inferiores (MOORE; DALLEY, 2001).
•A anatomia sistêmica, que estuda o corpo por meio de sistemas: tegumentar (pele e anexos), esquelético (ossos e cartilagens), articular (articulações e ligamentos associados), muscular, nervoso (que inclui o sistema nervoso central e o sistema nervoso periférico), circulatório (sistema cardiovascular e linfático), digestório (composto pelos órgãos responsáveis pela ingestão, mastigação, deglutição, digestão e absorção de alimento e a eliminação de fezes), respiratório (vias aéreas superiores e inferiores), urinário (rins, ureteres, bexiga e uretra), genital (órgãos envolvidos com a reprodução), endócrino (glândulas).
•A anatomia clínica, que enfatiza os aspectos de estruturas e funções do corpo humano, que tem importância para a prática das disciplinas da área da saúde, como medicina, fisioterapia, enfermagem, biomedicina e outras.
IMPORTANTE: |
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Neste e-book iremos enfatizar a anatomia sistêmica, onde estudaremos de forma detalhada cada sistema. Na primeira unidade estudaremos a pele e anexos, os sistemas esquelético e articular. |
Para compreender melhor a anatomia humana, devemos ir além de memorizar os nomes e estruturas, devemos compreender e visualizar as estruturas em modelos anatômicos. Devemos sempre transpor conhecimento de anatomia para o dia a dia da prática clínica, avaliando o paciente, por exemplo através da anatomia palpatória (durante o exame físico), da avaliação de grau de força muscular, ou da identificação das diferentes estruturas anatômicas em exames complementares (como radiografias, ultrassonografias, ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada, entre outros).
Dentro da anatomia nós temos termos anatômicos importantes:
•Posição Anatômica
•Planos anatômicos
•Termos de posição
A posição anatômica tem grande importância para o conhecimento da anatomia e para uma boa avaliação do paciente. Para estar na posição anatômica o corpo deverá estar com (Figura 2):
•A posição ereta
•Os pés juntos
•As mãos ao lado do corpo com a região palmar voltada para frente
•Face olhando para frente
Figura 2: Posição anatômica
Fonte: Wikicommons
Para que um indivíduo fique em posição anatômica ele deve estar: ereto, com a face voltada para frente, olhando para frente, com os pés unidos, mãos ao lado do corpo com a região palmar olhando para frente.
Os planos anatômicos atravessam o corpo humano que se encontra na posição anatômica, como podemos observar na figura 3. Nós temos o plano frontal (que divide o corpo em região anterior e posterior), o plano sagital (que divide o corpo em partes esquerda e direita), plano transversal/horizontal/axial (divide o corpo em partes superior e inferior) (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Figura 3: Planos que atravessam o corpo humano
Fonte: Wikicommons
Os planos que atravessam o corpo humano são o sagital, o frontal ou coronal, o horizontal/transverso.
IMPORTANTE: |
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Nós perguntamos então, qual é a importância do conhecimento dos planos anatômicos? O conhecimento dos planos anatômicos é importante para a melhor compreensão dos movimentos articulares, que sempre ocorrem dentro dos planos anatômicos, bem como para o reconhecimento das estruturas anatômicas após a dissecção de cadáveres humanos (PINA, 1999). |
Outro conhecimento importante para vocês adquirirem são os termos de posição (Figura 4):
•Anterior (ventral) e posterior ou dorsal. O termo anterior se refere às estruturas que se encontram na região anterior do corpo humano, como por exemplo os lábios. O termo posterior se refere às estruturas localizadas na região posterior do corpo humano, como por exemplo a coluna vertebral, que se encontra na região posterior ou dorsal do tronco.
•Medial ou lateral. O termo medial se refere às estruturas que se encontram mais próximos ao plano mediano do corpo. Temos como exemplo o osso conhecido como ulna, que se encontra na região medial do antebraço. O termo lateral se refere às estruturas que se encontram na região lateral do corpo, como por exemplo às orelhas em relação aos olhos. As orelhas são laterais em relação aos olhos e os olhos são mediais em relação às orelhas.
•Superior e inferior. Por exemplo, a cabeça é superior aos ombros e o joelho é inferior ao quadril. Cranial ou caudal, que se referem a estruturas que estão mais próximas da cabeça ou à cauda, por exemplo o membro superior é cranial em relação ao membro inferior, que é caudal.
•Proximal e distal, que se referem à estruturas que estão próximas ou distantes da origem de uma estrutura. Por exemplo, a mão é distal em relação ao ombro. O ombro é proximal em relação à mão. O ombro é uma região proximal do membro superior e a mão uma região distal ao membro superior.
•Rostral é um termo usado particularmente na cabeça para descrever a posição de uma estrutura em relação ao nariz.
•Superficial e profundo descrevem o que está superficial ou profundo no corpo humano. O osso esterno é superficial em relação ao coração. A unha é superficial em relação ao osso da última falange.
Figura 4: Terminologia anatômica
Fonte: Wikicommons
Esses termos são bastante empregados para facilitar a localização e descrição de estruturas anatômicas.
IMPORTANTE: |
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Eu sei que são muitos termos, mas o conhecimento desses termos é importante para o reconhecimento de estruturas do corpo humano, tanto no cadáver do anatômico, quanto ao avaliarmos um paciente através do exame físico e dos exames de imagem. |
Além dos termos citados acima nós temos os termos de lateralidade, como o Ipsilateral, que se refere à estruturas que estão do mesmo lado, como por exemplo a mão direita e o membro inferior direito e o termo contralateral que se refere à estruturas que se encontram do lado oposto no corpo humano. Como por exemplo, a mão direita e o pé esquerdo. Então vamos a uma pergunta...o olho direito é ipsilateral ou contralateral ao pé esquerdo? Acertou quem respondeu contralateral (MOORE; DALLEY, 2001).
Os termos de movimento também são importantes e nós temos (MOORE; DALLEY, 2001):
•Flexão, no qual ocorre a diminuição entre o ângulo dos ossos ou de partes do corpo (Figura 5).
•Extensão, no qual ocorre o inverso, ou seja, o aumento do ângulo entre os ossos ou partes do corpo (Figura 5).
•Abdução, que significa afastamento de uma parte do corpo do plano mediano e ocorre sempre no plano coronal (lembrando que o plano coronal divide o corpo em partes anterior e posterior).
• Adução, onde o movimento de determinada parte do corpo é em direção ao plano mediano e também ocorre no plano coronal.
•Rotação, onde a estrutura é girada em torno do seu eixo longitudinal. Nós temos a rotação interna, onde a estrutura gira em direção ao plano mediano e rotação externa, onde a estrutura gira em direção oposta ao plano mediano.
•Circundução, que é a combinação da flexão, extensão, abdução e adução de modo que a extremidade distal da parte do corpo se move fazendo um círculo.
•Oposição, que é um movimento onde a polpa do polegar vai em direção a polpa de outro dedo. Esse movimento é utilizado para segurar um lápis, uma caneta, um talher.
•Protrusão e retrusão, onde a mandíbula vai para trás ou para frente
•Elevação, no qual uma parte do corpo é movida para cima ou elevada. Abaixamento que é usado para definir quando uma parte é levada para baixo.
•Eversão e inversão, que é o movimento da sola do pé para longe do plano mediano ou para próximo do plano mediano, respectivamente.
Pronação e supinação, que se referem ao movimento do antebraço, em torno do seu eixo longitudinal. Quando o cotovelo está estendido, no termos na pronação a palma da mão olha posteriormente e o dorso da mão olha anteriormente ou supinação, no qual a palma da mão olha para frente e o dorso da mão olha para trás. Quando o cotovelo está fletido, na pronação a palma da mão olha para baixo e o dorso da mão para cima e na supinação a palma da mão olha para cima e o dorso da mão olha para baixo.
Figura 5: Termos de movimento
Fonte: Wikicommons
Na imagem acima podemos visualizar os termos de movimento, utilizados para denominar os movimentos realizados por cada articulação do corpo humano.
Geralmente os livros de anatomia mostram as estruturas presentes no corpo humano que correspondem a grande maioria das pessoas, no entanto alguma vez deparamos com alguns indivíduos ou cadáveres humanos com variações anatômicas, ou seja, alguma estrutura não está condizente com o que está sendo mostrado no atlas de anatomia, o que denominamos variação anatômica (MOORE; DALLEY, 2001).
RESUMINDO: |
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E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a anatomia é o estudo das estruturas e funções do corpo humano. Você poderá estudar anatomia através de 3 abordagens: a regional, a sistêmica e a clínica. Vimos ainda que os termos anatômicos mais importantes são a posição anatômica, os planos anatômicos, os termos de posição e os termos de movimento. Na posição anatômica o corpo deverá estar ereto, com a face olhando para frente, com os pés unidos, e as mão ao lado do corpo com a palma das mãos olhando para frente. Existem 3 planos anatômicos, o frontal, o sagital e o transversal. Os principais termos de posição utilizados na descrição da localização de estruturas anatômicas são: ventral, dorsal, medial, lateral, superior, inferior, proximal, distal, rostral, superficial e profundo. Os termos de movimento são flexão, extensão, adução, abdução, rotação, circundução, oposição, protrusão, retrusão, elevação, eversão, inversão, pronação e supinação. |
OBJETIVO: |
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Ao término deste capítulo você será capaz de entender o conhecimento da morfologia da pele e anexos. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! |
O sistema tegumentar engloba a pele e os anexos, que são as unhas, as glândulas sudoríferas e sebáceas, a gordura subcutânea e a fáscia profunda, as junções musculocutâneas em torno dos orifícios do corpo e as mamas (STANDRING, 2010). Você sabia que a pele é considerada o maior órgão do corpo humano? Ela recobre toda a superfície externa do corpo humano, além do meato auditivo externo, a face lateral da membrana timpânica e o vestíbulo do nariz. A pele é contínua com a conjuntiva nas margens das pálpebras e com o revestimento dos canalículos lacrimais nos pontos lacrimais, com as mucosas do trato respiratório, digestivo, urogenital (em seus orifícios nas junções musculo cutâneas). A pele tem várias funções importantes (MOORE; DALLEY, 2001):
•Proteção do corpo humano contra o ambiente externo, contra ferimentos, perda de líquido, proteção contra lesão química, radiação ultravioleta, lesão osmótica, lesão térmica e agentes infecciosos (bactérias, fungos, parasitas, vírus e outros). Um simples corte na pele pode permitir a entrada de microorganismos, que podem nos infectar e nos deixar doentes.
•A pele realiza a formação de vitamina D sob influencia da radiação ultravioleta B e de citocina e de fatores de crescimento.
•Controle da temperatura corporal, por ação da glândulas sudoríparas e dos vasos sanguíneos. O nosso sangue mantém o calor no nosso organismo e por meio das glândulas sudoríparas ocorre o suor, que é a forma que nosso organismo libera o calor.
•Sensibilidade por meio de terminações nervosas sensitivas ou aferentes (receptores), que fornecem informações a nervos periféricos referentes ao toque, à dor e a temperatura.
Existem dois tipos de pele (STANDRING, 2010):
•Pele fina, pilosa, que recobre a maior parte do corpo (Figura 6).
•Pele espessa, sem pelos, que forma as superfícies das palmas da mãos, das plantas dos pés e as superfícies flexoras dos dedos (Figura 7).
Figura 6: Aspecto da pele que recobre todo o corpo humano
Fonte: Wikicommons
Figura 7: Pele da palma da mão.
Fonte: Wikicommons
Além de envolver o corpo externamente, a pele também recobre os órgãos internos. Partindo para a anatomia microscópica, podemos dizer que a pele é composta por (GUYTON; HALL, 2017):
•Epiderme, que é a camada de células mais superficial (Figura 8).
•Derme, que é uma camada mais profunda, composta por tecido conectivo (Figura 8).
•Hipoderme, que é a camada mais profunda da pele, localizada abaixo da derme. A hipoderme é composta principalmente por células adiposas, também conhecidas como adipócitos. Essas células armazenam gordura, que serve como uma reserva de energia para o corpo. (Figura 8).
Figura 8: Estruturas presentes na pele e os anexos.
Fonte: Wikicommons
A epiderme é composta por epitélio escamoso estratificado, queratinizado, que se renova de forma contínua. As principais células encontradas na epiderme são os queratinócitos (Figura 9). Além disso, encontramos na pele os melanócitos (que produzem melanina, como podemos visualizar a figura 9), as células de Merkel (funcionam como mecanorreceptores) as células de Langerhans (células de defesa) e linfócitos. Os melanócitos estão presentes na epiderme, no epitélio oral, no trato uveal do globo ocular, em partes da orelha média e interna e nas meninges pia-máter e aracnoide na base do cérebro. A melanina (Figura 9) produzida pelos melanócitos protege a pele contra os efeitos lesivos da radiação ultravioleta sobre o DNA e remove radicais livres que podem danificar as células. Na epiderme temos terminações nervosas sensitivas livres. Os queratinócitos se renovam constantemente durante toda a vida. A epiderme possui várias camadas da profundidade para a superfície (STANDRING, 2010):
•Camada basal
•Camada espinhosa
•Camada granulosa
•Camada clara
•Camada cornificada
Figura 9: Queratinócitos, células basais, melanócitos e melanina
Fonte: Wikicommons
As camadas basal, espinhosa e granulosa são ativas metabolicamente, e nelas as células passam e mudam de forma à medida que se diferenciam. As camadas clara e cornificada sofrem o processo de queratinização ou cornificação terminal, onde os queratinócitos sofrem alteração de forma e conteúdo, dando origem a escamas achatadas não viáveis cheias de proteínas conhecidas como queratina, inclusas em uma matriz densa de proteínas citoplasmática para formar a queratina.
A epiderme avascular (que não possui vasos sanguíneos ou linfáticos) recebe sua nutrição da derme vascularizada subjacente, que recebe a vascularização por meio de artérias, que na região entre a derme e tecido subcutâneo forma um plexo de artérias que se anastomosam (rede de artérias que se bifurcam e recombinam em vários pontos).
A derme é constituída por tecido conjuntivo irregular moderadamente denso. Se olharmos a derme num microscópio podemos observar que a camada profunda da derme é composta por fibras colágenas e elásticas que se entrelaçam em uma substância fundamental amorfa de glicosaminoglicanos, glicoproteínas e água ligada, que acomoda nervos, vasos sanguíneos, vasos linfáticos, apêndices dérmicos. Agora você deve estar se perguntando, mas porque a derme é composta por fibras colágenas e elásticas? Vamos lá. As fibras colágenas são extremamente importantes, para manter o tônus da pele, que é responsável pelo vigor e resistência da pele. As fibras de colágeno produzem tensão e fornecem linhas enrugadas na pele (MOORE; DALLEY, 2001). A derme confesse resistência à pele devido ao arranjo das fibras de colágeno e elastina. A derme é fundamental para a sobrevida da epiderme (STANDRING, 2010).
Os folículos pilosos estão nas camadas mais profundas da derme (Figura 10). Os folículos pilosos possuem músculos eretores de pelos e glândulas sebáceas associadas, que produzem gordura. O folículo piloso contém um pelo que pode se estender profundamente adentro da hipoderme ou ser mais superficial dentro da derme. Os pelos são estruturas cornificadas filamentosas localizadas em quase toda a superfície do corpo. Há ciclos de crescimento e perda de pelo (STANDRING, 2010):
•Fase anágena: onde o pelo cresce ativamente e o folículo está na sua extensão máxima de desenvolvimento.
•Fase de involução ou catágena: O crescimento do pelo cessa e o folículo piloso se retrai.
Quando estamos com frio, ocorre a ação dos músculos eretores de pelos, que promovem a ereção dos pelos no nosso corpo. Quando ocorre a contração dos músculos eretores dos pelos, as glândulas sebáceas são comprimidas, e ocorre a liberação de sebo (gordura), na tentativa de manter a temperatura corporal em 36,5º graus célsius (MOORE; DALLEY, 2001). A derme é dividida em duas zonas (STANDRING, 2010):
•Camada papilar – superficial e estreita
•Camada reticular – profunda
Figura 10: Folículo piloso, pelo, glândula sebácea, sebo e superfície da pele.
Fonte: Wikicommons
A derme papilar está localizada imediatamente abaixo da epiderme. Tem como função a ancoragem mecânica, o suporte metabólico e a manutenção do trofismo da epiderme adjacente. Possui terminações nervosas e vasos sanguíneos. A derme é moldada em numerosas cristas dérmicas que se interdigitam com as cristas epidérmicas na base da epiderme e formam a junção dermoepidérmica. A camada reticular se funde com a região profunda da camada papilar. A camada reticular possui feixes de fibra colágenas mais espessas do que a camada papilar (MOORE; DALLEY, 2001; STANDRING, 2010).
A hipoderme, se funde com a camada profunda da derme. É composta por tecido conectivo gorduroso frouxo. A hipoderme geralmente contém grande quantidade de gordura e a gordura é importante para a manutenção da temperatura corporal e constitui uma reserva de energia metabólica. O tecido gorduroso também é responsável pela proteção da pele das proeminências ósseas. O tecido subcutâneo também possui glândulas sudoríparas (que produzem o suor, que é a forma no qual nosso corpo elimina calor), vasos sanguíneos, linfáticos e nervos cutâneos (MOORE e DALLEY, 2001; STANDRING, 2010). A hipoderme, também conhecida como tecido subcutâneo, representa a camada mais profunda da pele e tem múltiplas funções fisiológicas e biomecânicas. De acordo com Moore e Dalley (2001), a hipoderme “se funde com a camada profunda da derme” e é constituída essencialmente por tecido conectivo gorduroso frouxo. Esse tecido é rico em células adiposas, que têm um papel fundamental na homeostase energética e na regulação térmica do corpo (Guyton e Hall, 2016). O armazenamento de gordura na hipoderme serve como um reservatório de energia metabólica. Essa reserva de energia pode ser mobilizada durante períodos de escassez alimentar ou alta demanda energética, conforme descrito por Tortora e Derrickson (2014). Além disso, a presença de células adiposas ajuda na manutenção da temperatura corporal, agindo como um isolante térmico e reduzindo a perda de calor para o ambiente externo (Schmidt-Nielsen, 1997). Outra função importante da hipoderme é a proteção mecânica. O tecido gorduroso atua como um “amortecedor”, protegendo as proeminências ósseas e os órgãos internos contra impactos e lesões (Standring, 2010). Essa função é particularmente relevante em áreas do corpo onde há uma proximidade maior entre a pele e os ossos, como cotovelos e joelhos. A hipoderme também é rica em glândulas sudoríparas, vasos sanguíneos, linfáticos e nervos cutâneos. A presença de glândulas sudoríparas ajuda no processo de termorregulação, permitindo a eliminação do calor por meio da evaporação do suor (PROSSER, 1991). Os vasos sanguíneos presentes no tecido subcutâneo estão envolvidos na entrega de nutrientes e oxigênio para as células da pele, enquanto os nervos cutâneos são responsáveis pela sensação tátil e dor (GUYTON; HALL, 2016). Em resumo, a hipoderme é uma camada multifuncional que contribui para a manutenção da temperatura corporal, armazenamento de energia e proteção mecânica. Além disso, ela desempenha um papel vital na inervação e vascularização da pele, tornando-se assim, uma estrutura indispensável para a homeostase e integridade do organismo. Além disso a hipoderme apresenta:
1.Função de isolamento e proteção: a camada adiposa da hipoderme atua como um isolante térmico, ajudando a manter a temperatura do corpo constante. Além disso, a gordura armazenada nesta camada serve como uma almofada que protege os órgãos internos contra impactos.
2.Função metabólica: os adipócitos desempenham funções metabólicas essenciais, como a liberação de energia na forma de ácidos graxos quando o corpo precisa. Eles também estão envolvidos na produção e liberação de certas hormonas.
3.Integração com outros sistemas: a hipoderme também contém vasos sanguíneos e nervos que se estendem da derme. Essa integração permite que a pele tenha sensações e receba suprimentos sanguíneos adequados, essenciais para a saúde e reparação da pele.
4.Relevância em procedimentos médicos e estéticos: a hipoderme é a camada alvo em procedimentos como a lipoaspiração, onde a gordura é removida para fins estéticos. Além disso, é na hipoderme que são aplicadas injeções subcutâneas, aproveitando-se do fato de que esta camada pode absorver substâncias lentamente e liberá-las na circulação.
As glândulas sudoríparas são um tipo de glândulas apócrinas e são grandes na derme e na hipoderme. As glândulas sudoríparas tem grande importância na termorregulação, e a sua secreção aumenta a preensão e a sensibilidade das palmas das mãos e da planta dos pés. O suor é um líquido transparente, inodoro e que contém íons de sódio e cloreto, potássio, cálcio, ureia, lactato, aminoácidos, imunoglobulinas, entre outras. A sudorese excessiva pode levar a depleção de sódio. As glândulas sudoríparas são capazes de produzir até dez litros de suor por dia em resposta a estímulos térmicos, emocionais e do paladar. As glândulas sudoríparas respondem à adrenalina. A termorregulação envolve o centro térmico localizado no hipotálamo (STANDRING, 2010).
A pele também possui ligamentos. Os ligamentos são estruturas fibrosas que promovem a ligação/conexão de uma estrutura à outra, promovendo a sustentação, fixação. Na pele os ligamentos também são conhecidos como retináculos da pele, que prendem a superfície profunda da derme à fáscia profunda adjacente (MOORE; DALLEY, 2001).
O aparelho ungueal (Figura 11) corresponde às unhas, que são compostas por uma camada cornificada de forma similar a camada cornificada da epiderme geral. As unhas contém várias camadas de escamas contendo queratina, que determinam a dureza da unha. As unhas contém uma variedade de minerais, como o cálcio. A unha possui uma quantidade pequena de água, mas possui uma permeabilidade à água maior que a epiderme. As placas ungueais estão localizadas dentro das dobras ungueais laterais e proximal. As dobras ungueais laterais abraçam as margens livres laterais da placa ungueal. A matriz ungueal é a fonte de placa ungueal (STANDRING, 2010).
Figura 11: Aparelho ungueal
Fonte: Wikicommons
RESUMINDO: |
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E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a pele é o maior órgão do corpo humano, com a função de proteção do corpo humano contra o ambiente externo, proteção dos órgãos, auxilia na regulação da temperatura corporal, possui sensibilidade ao toque, a temperatura e ao calor. A pele possui duas camadas: a epiderme (camada mais superficial) e a derme (camada mais profunda). |
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Ao término deste capítulo você será capaz de entender a morfologia do esqueleto axial e do esqueleto apendicular, onde conhecendo detalhadamente as estruturas presentes em cada osso do corpo humano. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! |
Os ossos são tecidos vivos, formados por uma matriz sólida de tecido conectivo. Como todos as estruturas do nosso corpo, os ossos tem suas funções particulares (MOORE; DALLEY, 2001):
•Formam um arcabouço de proteção para órgãos vitais, como pulmões, coração, medula espinhal, cérebro, cerebelo, tronco encefálico e outros.
•Além disso, fornece apoio para o corpo.
•São a base mecânica para o movimento do corpo.
•Armazenam sais, como por exemplo, o cálcio.
•Alguns ossos possuem a medula óssea, que é responsável pela produção de células sanguíneas.
O sistema esquelético possui duas partes principais:
•O esqueleto axial (figura 12): Composto por crânio, Vértebras, sacro, cóccix, costelas, esterno.
•Esqueleto apendicular: compreende os ossos dos membros superiores e inferiores.
Figura 12: Esqueleto axial
Fonte: Wikicommons
Na imagem acima podemos ver as estruturas que fazem parte do esqueleto axial em azul. Os ossos em branco fazem parte do esqueleto apendicular.
Além dos ossos, o sistema esquelético é composto por cartilagem. Você sabe o que é a cartilagem? A cartilagem é uma forma elástica do tecido conectivo. As cartilagens são maleáveis e permitem certa movimentação. Imagina se no tórax não existissem as cartilagens costais? O tórax seria extremamente rígido, e isso impediria o movimento da respiração, o que limitaria muito a movimentação, a expansão dos pulmões.
O número total de ossos presentes na maioria dos indivíduos é 206 ossos. No crânio nós temos 8 ossos (2 parietais, 1 occipital, 1 frontal, 2 temporais, 1 esfenoide, 1 etmóide), na face são 14 ossos (2 zigomáticos, 2 maxilares, 2 nasais, 1 mandíbula, 2 palatinos, 2 lacrimais, 1 vômer e 2 conchas nasais inferiores), nos ouvidos temos 6 ossos no total (2 martelos, 2 bigornas e 2 estribos), no pescoço temos 1 osso hióide, nas 2 cinturas escapulares juntas temos a 2 escápulas e 2 clavículas, no tórax temos 1 osso esterno e 24 costelas (12 do lado direito e 12 do lado esquerdo), na coluna temos 33 vértebras (7 vértebras cervicais, 12 torácicas e 5 lombares, 5 sacrais fundidas e de 1 a 4 coccígeas fundidas), cerca de 60 ossos no membro superior direito e 60 ossos no membro superior esquerdo (sendo 1 úmero de cada lado, 1 rádio de cada lado, 1 ulna de cada lado, e 54 ossos da mão em cada lado), no membro inferior direito temos 61 ossos e 61 ossos no membro inferior esquerdo (1 ísquio de cada lado, 1 íleo de cada lado, 1 púbis de cada lado, 1 fêmur de cada lado, 1 patela de cada lado, 1 fíbula de cada lado, 1 tíbia de cada lado e 52 ossos nos pés) (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015).
Outro conceito importante para aprendermos é a classificação dos ossos. Os ossos possuem classificações de acordo com a sua forma (MOORE; DALLEY, 2001)
•Ossos Longos – tubulares. Exemplo: Úmero e o fêmur.
•Ossos curtos – são cuboides. Exemplo: tarso, carpo.
•Ossos planos – Tem função de proteção. Exemplo: ossos do crânio. Eles protegem o cérebro.
•Ossos irregulares – possuem várias formas. Exemplo: ossos da face
•Ossos sesamóides – Desenvolvem-se em tendões, tendo como papel principal a proteção dos tendões contra o desgaste.
•Ossos acessórios – são ossos extras, que não estão presentes na maioria das pessoas. Podem ser identificado nos pés de algumas pessoas.
•Ossos heterotópicos – são raros. São ossos que se formam em tecido mole.
Os ossos apresentam os chamados acidentes ósseos, no qual podemos destacar (MOORE; DALLEY, 2001):
•Côndilo
•Crista
•Epicôndilo
•Fóvea
•Forame (passagem através de um osso)
•Fossa (depressão)
•Sulco (depressão alongada)
•Linha (elevação linear)
•Maléolo (processo arredondado)
•Incisura (indentação na margem de um osso)
•Protuberância (projeção do osso)
•Espinha
•Processo espinhoso
•Trocanter (elevação obtusa grande)
•Tubérculo (pequena eminência elevada)
•Tuberosidade (grande elevação arredondada)
Abaixo iremos ver de forma detalhada os acidentes ósseos presentes nos ossos do esqueleto axial e do esqueleto apendicular, e isso vai facilitar o entendimento desses conceitos.
O esqueleto axial é composto por (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Crânio
•12 pares de costelas
•Esterno
•33 vértebras
No corpo humano nós temos 33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e de 1 a 4 coccígeas. Tanto no sacro quanto no cóccix as vértebras geralmente são fundidas (DRAKE; VOGL; MITCHEL; 2015).
Nós temos as vértebras típicas, que tem características similares, consistindo de um corpo vertebral e um arco vertebral. O corpo vertebral é localizado anteriormente na vértebra e é responsável pela sustentação do peso do corpo. O corpo vertebral aumenta de tamanho a partir da vértebra torácica 4 (T4) em direção caudal, onde as vértebras cervicais e torácicas tem corpo vertebral menor que as vértebras lombares, por exemplo (DANGELO; FATINNI, 2007).
IMPORTANTE: |
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Entre os corpos vertebrais existem os discos vertebrais e sua função principal é evitar o atrito de um osso ao outro, além de absorver impacto. |
O arco vertebral está ancorado à superfície posterior do corpo vertebral através de dois pedículos, que formam os pilares laterais dos arcos vertebrais. O teto do arco vertebral é formado pelas lâminas direita e esquerda, que se fundem na linha média (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam o forame vertebral. A sucessão de forames vertebrais formam o canal vertebral, onde se localiza a medula espinhal, as meninges, gordura, raízes de nervos espinhais e vasos sanguíneos (MOORE; DALLEY, 2001).
Os forames são canais/ aberturas presentes nos ossos, pelo qual passam nervos, vasos, a medula espinhal.
Além dos forames vertebrais, nós temos os forames intervetebrais, que são formados pela incisura vertebral inferior da vértebra acima e a incisura vertebral superior da vértebra abaixo. Eles são localizados lateralmente à vertebras e servem como local de passagem de nervos espinhais e vasos sanguíneos que entram e saem do canal vertebral (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
O arco vertebral possui projeções como, por exemplo, o processo espinhoso (se projeta posteriormente a partir do arco vertebral) e o processo transverso (se projeta latero-posteriormente a partir do arco vertebral), além de processos articulares superiores e inferiores. Os processos transversos e o espinhoso servem como fixação para músculos e ligamentos e alavancas para ação muscular. Os processos articulares servem como ponto de articulação com vértebras vizinhas e determinam quais movimentos articulares podem ser permitidos (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; PINA, 1999).
A coluna vertebral possui mobilidade da região cervical até a região lombar. O sacro e o cóccix possuem as suas vértebras fundidas e por isso não possuem mobilidade em suas respectivas vertebras. Você sabia que outra característica importante da coluna vertebral que cada região da coluna tem uma curvatura específica? Sim, então vamos lá aprender. Esse conceito é importante para o dia a dia do fisioterapeuta, seja para a realização de uma boa avaliação do paciente ou para o planejamento de um atendimento de excelência. A coluna vertebral apresenta as seguintes curvaturas (DANGELO; FATINNI, 2007, MOORE; DALLEY, 2001), como podemos visualizar na figura 13:
•Lordose (curvatura convexa) nas regiões cervical e lombar
•Cifose (curvatura côncava) na região torácica e na região sacrococcígea.
Figura 13: Curvaturas da coluna vertebral
Fonte: Wikicommons
Na imagem anterior podemos visualizar a lordose cervical e lombar e a cifose torácica e sacro-cocígea.
VOCÊ SABIA? |
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Ao aumento da lordose, nós damos o nome de hiperlordose e o aumento da cifose nós denominamos hipercifose. Essas condições são anormais. Elas causam alterações posturais, que podem ser identificadas pelo fisioterapeuta através do exame físico e da análise de exame de imagem. Outra curva anormal que a coluna pode apresentar é a escoliose. A escoliose é uma curvatura lateral da coluna vertebral. Geralmente ela é causada por uma fraqueza da musculatura instrínseca do dorso, uma alteração estrutural devido à deformidade de alguma vértebra ou uma alteração do comprimento dos membros inferiores. |
No crânio existem muitos ossos, que estão dispostos em ossos do neurocrânio (parte do crânio responsável pela proteção do cérebro e das meninges, do cerebelo e do tronco encefálico) e ossos da face (Figuras 14 e 15). No neurocrânio nós temos ٨ ossos (MOORE; DALLEY, 2001):
•Osso Frontal (1); Osso parietal (2); Osso temporal (2); Osso occipital (1); Etmoide (1); Osso esfenoide (1)
O esqueleto da face (figuras 9 e 10)inclui a região anterior do crânio, as órbitas, as cavidades nasais, a maxila e a mandíbula. A mandíbula é um osso móvel para permitir a abertura da boca, o movimento da mastigação e o movimento da fala. É composto pelos ossos (MOORE; DALLEY, 2001):
•Lacrimais (2); Ossos nasais (2); Maxilas (2) – local onde se alojam os dentes maxilares; Zigomático (2); Palatino (2); Conchas nasais inferiores (2); Mandíbula (1) – local onde se alojam os dentes mandibulares; Vômer (1).
Figura 14: Visão frontal dos Ossos do crânio.
Fonte: Wikicommons
Na imagem 14 podemos ver os ossos do neurocrânio e do esqueleto da face.
Figura 15: Visão lateral dos Ossos do crânio.
Fonte: Wikicommons
Nesta imagem podemos ver os ossos do neurocrânio e do esqueleto da face por uma outra perspectiva.
Na face anterior do crânio podemos observar as seguintes estruturas (MOORE; DALLEY, 2001):
•O osso frontal, que se articular inferiormente com o osso nasal (no násio) e com o osso zigomático. Ele se articula também com os ossos lacrimal, etmoide e esfenoide e forma a parte superior (teto) da órbita. Ao olharmos para o osso frontal podemos observar a margem supra-orbital, o forame ou incisura supra-orbital. Temos acima da margem supra-orbital o arco superciliar. Dentro das óbitas temos as fissuras orbitais superior e inferior e os canais ópticos.
•O osso zigomático, forma a proeminência das bochechas. Podemos visualizar a presença do forame zigomáticofacial em cada osso zigomático em suas laterais. Os ossos zigomáticos formam as margens ântero-laterais, paredes, assoalho e as margens infra-orbitais.
•Abaixo dos ossos nasais podemos observar as aberturas piriformes (em formato de pêra). Através das aberturas piriformes podemos observar o septo nasal, que divide a cavidade nasal em lados direito e esquerdo. Em cada cavidade nasal podemos visualizar as conchas nasais.
•A maxila, que possui processos alveolares, que são o osso de sustentação dos dentes maxilares. A maxila forma a margem infra-orbital medialmente. Podemos observar abaixo de cada órbita um forame infra-orbital, por onde passam os nervos e vasos infra-orbitais.
•A mandíbula, possui processos alveolares, que servem de fixação para os dentes mandibulares. Podemos observar os forames mentuais por onde passam o nervo e os vasos mentuais logo abaixo dos segundos pré-molares. Na mandíbula podemos observar também a sínfise da mandíbula e a protuberância mentual.
Na região lateral do crânio observamos as seguintes estruturas (GUYTON; HALL, 2017):
•A fossa temporal
•O meato acústico externo
•A região mastoidea do osso temporal
•As linhas temporais, que limitam superiormente e posteriormente a fossa temporal.
•O osso frontal e o zigomático limitam anteriormente a fossa temporal e o arco zigomático, limita inferiormente.
•O arco zigomático, formado pelo processo temporal do osso zigomático e do processo zigomático do osso temporal.
•O Ptério, que é uma área importante de junções ósseas
•Processo mastoide do osso temporal
•O processo estiloide
•A fossa infratemporal
•A mandíbula, que é composta por corpo e por ramos.
Na região posterior do osso do crânio podemos observar diversas estruturas importantes (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
•O osso occipital
•A protuberância occipital externa
•A crista occipital externa
•Forame magno
•A linha nucal superior
•O Lambda, que é a área de junção das suturas sagital e lambdoide.
Na parte superior do crânio encontramos as seguintes estruturas e acidentes anatômicos (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
•Os túberes parietais
•Os túberes frontais
•A sutura coronal (que separa os ossos frontal e parietal)
•A sutura sagital que separa os ossos parietais
•A sutura lambdoide que separa os ossos parietal e temporal do occipital
•O bregma que é a região de junção das suturas coronal e sagital.
•O vértice, que é o ponto mais alto do crânio
•Forame parietal, no qual passa a veia emissária
•Na região externa da base do crânio visualizamos:
•O processo alveolar
•Os processos palatinos
•O palato duro
•A espinha nasal posterior
•A fossa incisiva
•Forames palatinos maior e menor
•Os cóanos (Aberturas nasais posteriores), localizados acima da margem posterior do palato
•Vômer que contribui para a parte óssea do septo nasal
•O esfenoide. O osso esfenoide (Figura 15) possui as seguintes estruturas: a asa maior, asa menor, o processo pterigóide, o canal óptico (onde passa o nervo óptico e a artéria oftálmica), forame redondo (por onde passa o nervo maxilar), forame oval (onde passa o nervo mandibular e a artéria meníngea acessória), o forame espinhoso (onde passa a artéria meníngea média), o canal pterigoide, a fissura orbital superior (para a passagem dos nervos cranianos oculomotor, troclear, abducente e o ramo oftálmico do nervo trigêmeo, a artéria e a veia oftálmica).
•O occipital forma a região posterior da base do crânio
•Forame magno, por onde passa a medula espinhal, as meninges, as artérias vertebrais, as artérias espinhais anterior e posterior e o nervo acessório.
•Temos os côndilos occipitais, que é a região do crânio que se articula com a coluna vertebral
•O forame jugular, que é o local por onde passa a veia jugular interna, e os nervos cranianos glossofaríngeo e acessório
•O meato acústico interno, por onde passam os nervos cranianos facial e vestíbulococlear
•Canal carótico, por onde passa a artéria carótida interna
•Processo mastoide
•Forame estilomastóideo, por onde passa o nervo facial e a artéria estilomastóidea
O osso etmoide é esponjoso. No etmoide existem duas lâminas, uma horizontal conhecida como lâmina crivosa e outra vertical que é dividida em duas partes (a parte superior é a crista etmoidal e a parte inferior é a lâmina perpendicular do etmoide). A lâmina perpendicular separa a cavidade nasal e duas fossas nasais (DANGELO; FATINNI, 2007, MOORE; DALLEY, 2001).
Uma outra região importante do crânio é a interna da base do crânio. Nessa região existem 3 fossas: a fossa anterior (que aloja o polo frontal do cérebro), a fossa média e a fossa posterior. A fossa anterior é formada pelo osso frontal. A fossa média é formada pelas asas maiores do esfenoide, as partes escamosas e petrosa dos ossos temporais. A fossa posterior possui como delimitação anterior o dorso da sela do esfenoide e é formado amplamente pelo osso occipital. Nessas 3 fossas observamos estruturas importantes. Podemos observar na tabela 1, uma tabela com os dados sobre as estruturas importantes presentes nessas 3 fossas (DANGELO; FATINNI, 2007, MOORE; DALLEY, 2001).
Quadro 1: Principais estruturas anatômicas das fossas anterior, média e posterior do crânio.
Fonte: Adaptada de Moore e Dalley (2001)
Vértebras cervicais
As vértebras estão localizadas na região do pescoço. A principal característica das vértebras cervicais é a presença de forame oval no processo transverso. Através do forame oval passam as artérias vertebrais (com exceção da vértebra cervical ٧, C٧, como podemos visualizar na figura 16) (MOORE; DALLEY, 2001).
Figura 16: Sétima vértebra cervical
Fonte: Wikicommons
E aí surge a dúvida, as vértebras cervicais possuem apenas essas características específicas? E a resposta é não. As características das vértebras cervicais, como podemos observar na imagem 17, são (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Corpo vertebral pequeno, sendo maior de lado a lado do que ântero-posteriormente. Possui concavidade na face superior e convexidade na face inferior.
•Forame vertebral largo e triangular
•Processos transversos possuindo forames. Possuem também tubérculos anterior e posterior.
•Processos articulares, com a presença de facetas superiores (localizadas súpero-posteriormente) e facetas inferiores (localizadas ínfero-anteriormente). As facetas oblíquas estão dispostas horizontalmente nos processos articulares.
•Os Processos espinhosos da 3º à 5º vértebra cervical (C3 a C5) são curtos e bífidos, o processo da 6º vértebra cervical é longo e o da 7º vértebra é o mais longo.
•A 1º vértebra cervical é atípica, e seu nome é atlas (Figura 18). A vértebra atlas suporta o peso do crânio. Possui faces articulares côncavas que se articulam com os côndilos occipitais presentes no crânio. Esta vértebra não possui processo espinhoso, sendo composta por arcos anterior e posterior. O arco posterior possui o sulco para a artéria vertebral, que é largo na sua face superior.
•A 2º vértebra cervical é o áxis (Figura 19), que é uma das vértebras mais resistentes, por ter que sustentar o atlas e o crânio. A vértebra atlas gira sobre a vértebra áxis, quando movimentamos o nosso pescoço para olhar lateralmente. O áxis possui as faces articulares superiores, que são planas e são a região onde o atlas gira. O áxis possui um processo espinhoso grande e bífido e um dente ou processo odontóide, que se projeta superiormente e irá se articular com o atlas. Você sabia que esse processo odontóide permite que o atlas gire, permitindo a cabeça girar para que possamos olhar para os lados (MOORE; DALLEY, 2001).
Figura 17: Vértebra cervical de C3 a C6
Fonte: Wikicommons
Figura 18: Vértebra cervical atlas
Fonte: Wikicommons
Figura 19: Vértebra cervical áxis.
Fonte: Wikicommons
É importante saber que as vértebras torácicas possuem fóveas costais, onde se articulam com as costelas. Os processos espinhosos das vértebras torácicas são longos e finos (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015).
As vértebras T1 a T4 possuem algumas características das vértebras cervicais. A vértebra T1 é atípica, e possui processo espinhoso longo e horizontal. Além disso a vértebra T1 possui fóvea costal completa na margem superior do seu corpo, que se articula com a 1º costela e possui uma semifaceta na sua margem inferior que se articula com a 2º costela. As vértebras T9 e T12 também são atípicas e possuem tubérculos (que se parece com os processos acessório e mamilar das vértebras lombares) (MOORE e DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
As características gerais das vértebras torácicas são (Figura 20):
•Corpo, com formato cordiforme e com a presença de uma ou duas fóveas costais (que se articulam com uma ou duas costelas)
•Forame vertebral, com formato circular e é menor que os forames presentes nas vértebras cervicais e lombares.
•Processos transversos longos, que se estendem póstero-lateralmente.
Figura 20: Vértebra torácica típica
Fonte: Wikicommons
As vértebras lombares são maiores que as demais, pois suportam mais o peso do corpo em relação às vértebras cervical e torácica. As suas principais características, que podem ser observadas na figura 21, são (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Elas não apresentam fóvea costal para a articulação com as costelas.
•Seu processo transverso é longo e fino, com exceção dos processos transversos de L5 (5º vértebra lombar), que são maciços e em forma de cone, e é o local de fixação dos ligamentos ileolombares.
•Seu corpo vertebral é cilíndrico e o forame vertebral tem forma triangular e é maior que o das vértebras torácicas.
•Existe um grande espaço entre os componentes posteriores do arco vertebral (lâmina e processo espinhoso adjacente). Durante a flexão da coluna esses espaços são aumentados e permitem a realização de procedimentos clínicos, como anestesia e punção de líquor.
Figura 21: Vértebra lombar típica
Fonte: Wikicommons
O sacro (Figuras 22 e 23) é um osso único de formato triangular e que apresenta suas vértebras fundidas. Ele se articula superiormente com a vértebra L5 e inferiormente com o cóccix. Articula-se com os ossos do quadril nos lados direito e esquerdo, através de suas faces auriculares, que possuem forma de L (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
O sacro possui 4 pares de forames sacrais em sua região anterior e 4 pares de forames sacrais em sua região posterior. Através desses forames passam os ramos anteriores e posteriores dos nervos espinhais de S1 a S4 (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Figura 22: Sacro
Fonte: Wikicommons
É um pequeno osso com forma triangular, que possui suas vértebras fundidas (Figura 23). Ele se articula com o sacro superiormente. Não possui arco vertebral, e nem forame vertebral (MOORE; DALLEY, 2001).
Figura 23: Sacro e Cóccix
Fonte: Wikicommons
Você sabia que no corpo humano existem 12 pares de costelas? Sim, existem. E todas elas se articulam com as vértebras torácicas. Apenas as 7 primeiras costelas (Figura 24 e 25) se articulam verdadeiramente com o esterno, e são denominadas costelas verdadeiras. As outras 5 costelas são denominadas costelas falsas (Figura 24 e 25).
IMPORTANTE: |
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As costelas falsas são a costela 8, 9, 10, 11 e 12. As cartilagens costais das costelas 8 a 10 articulam-se anteriormente com as cartilagens costais das costelas acima. E a cartilagem costal da 7º costela se articula diretamente com o esterno e as outras cartilagens costais se ancoram na cartilagem da 7º costela. As costelas 9 e 10 não tem conexão anterior com as outras costelas e nem com o esterno e por isso são chamadas de costelas flutuantes. |
Figura 24: Costelas
Fonte: Wikicommons
Nesta imagem podemos visualizar as 12 costelas. As primeiras 7º costelas são verdadeiras. As demais costelas são costelas falsas.
Os principais acidentes ósseos presentes das costelas típicas (da 3º a 9º costela) são (MOORE; DALLEY, 2001):
•Cabeça - que é cuneiforme e possui duas facetas articulares, que são separadas pela crista da cabeça.
•Colo – é a região que liga a cabeça ao corpo no nível do tubérculo.
•Tubérculo – localizado na junção do colo e corpo.
•Corpo – é fino, achatado e encurvado. No corpo podemos observar uma estrutura denominado ângulo da costela. Na sua face interna observamos o sulco da costela.
•As costelas atípicas (1º e 2º e da 10º a 12º) possuem as seguintes características (MOORE; DALLEY, 2001):
•A 1º costela é a mais larga, mais curta, e mais encurvada das sete costelas verdadeiras. Possui faceta única na sua cabeça. Possui dois sulcos por onde passam os vasos subclávios e um tubérculo do músculo escaleno anterior e uma crista.
•A 2º costela é mais estreita, menos encurvada e mais longa que a primeira costela. Ela possui duas facetas na sua cabeça e uma tuberosidade.
•Da 10º a 12º costela há apenas uma faceta em suas cabeças.
•A 11º e 12º costelas são curtas e não possuem colos ou tubérculos.
É um osso plano e alongado. O esterno está ilustrado na figura 25. O esterno está localizado na região anterior do tórax. As principais estruturas anatômicas do esterno são (MOORE e DALLEY, 2001; DRAKE, VOGL e MITCHEL, 2015; DANGELO e FATINNI, 2007)
•Superiormente podemos observar a incisura clavicular e a incisura jugular.
•Possui 7 incisuras costais, onde as costelas se articulam.
•A parte superior do esterno possui o manúbrio, que é separado do corpo do esterno (inferiormente) pela sínfise manubrioesternal (ângulo do esterno, formado pela junção do manúbrio e do corpo do esterno).
•Na região inferior do esterno temos o processo xifoide.
Figura 25: Costelas e o esterno
Fonte: Wikicommons
Na imagem anterior podemos visualizar costelas verdadeiras, falsas e flutuantes, onde da 1ª a 7ª seriam as costelas verdadeiras, da 8ª a 10ª as falsas e 11ª e 12ª as costelas flutuantes.
É composto pelo cíngulo do membro superior (cujos integrantes são a clavícula e a escápula), pelo úmero (localizado no braço), pelo rádio e pela ulna (localizados no antebraço), pelos ossos do carpo (mão), os metacarpos (mão) e as falanges (dedos das mãos) (MOORE e DALLEY, 2001).
A clavícula é um osso longo, que possui uma curvatura e conecta o membro superior ao tronco. Na sua face superior temos o tubérculo deltoide (Figura 26). Na sua face inferior (Figura 27) temos o tubérculo conóide, o sulco do músculo subclávio, a impressão do ligamento costoclavicular e a linha trapezóidea, próximo da extremidade costoclavicular (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Figura 26: Vista superior da clavícula esquerda
Fonte: Wikicommons
Figura 27: Vista superior da clavícula esquerda.
Fonte: Wikicommons
A escápula (Figura 28) tem o formato triangular e possui os seguintes acidentes anatômicos (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Face costal, que forma a fossa subescapular.
•A face posterior, é dividida pela espinha da escápula, possuindo a fossa supra-espinhal e a infra-espinhal.
•Acrômio, que é a extremidade da espinha da escápula. No acrômio existe a face articular da clavícula.
•Cavidade glenoidal, localizada na face lateral da escápula. Ela se articula com a cabeça do úmero. Ela é rasa e o que mantém a cabeça do úmero fixa dentro da cavidade glenoidal são os ligamentos e os músculos.
•Processo coracóide, localizado acima da escápula.
•Margens medial, lateral e superior da escápula.
•Ângulos superior, lateral e inferior.
•Incisura da escápula localizada na margem superior da escápula.
Figura 28: Escápula esquerda.
Fonte: Wikicommons
O úmero (Figura 29) é um osso longo, o maior do membro superior. No úmero podemos observar (MOORE; DALLEY, 2001):
•Cabeça, localizada na extremidade proximal. Ela é esférica e se articula com a escápula na fossa glenóide ou glenoidal.
•Colo anatômico do úmero, localizado no sulco que circunda a cabeça do úmero.
•Tubérculos maior (encontrado na face lareal do úmero) e menor (na margem medial do úmero), localizados também na extremidade proximal do úmero.
•Sulco intertubercular, que separa os tubérculos.
•O colo cirúrgico do úmero é a parte estreita e distal aos tubérculos.
•Corpo do úmero. Nele encontramos a tuberosidade para o músculo deltoide e o sulco do nervo radial.
•Cristas supra-epicondilater lateral e medial, localizados na extremidade inferior do úmero.
•Os epicôndilos lateral e medial, localizados também na extremidade inferior do úmero.
•Côndilo do úmero, que é composto pela tróclea (medial) e pelo capítulo (lateral). No côndilo temos as fossas do olecrano, coronóide e radial.
IMPORTANTE: |
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O local mais comum de fratura do úmero é no colo cirúrgico. |
Figura 29: Podemos ver nas imagens acima o úmero. (A) vista anterior e (B) vista posterior
Fonte: Wikicommons
A ulna (Figura 30) se localiza na região medial do antebraço. Ela é o osso mais estável do antebraço. Na extremidade proximal da ulna encontramos (MOORE e DALLEY, 2001): O olecrano, A incisura troclear, O processo coronóide, A incisura radial, A tuberosidade da ulna, A crista e a fossa do músculo supinador, Margem interóssea.
A ulna (Figura 30) também possui corpo, e na extremidade distal podemos observar as seguintes estruturas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015): Cabeça e processo estiloide. Outro osso que encontramos no antebraço é o rádio. No rádio podemos observar as seguintes estruturas:
•Cabeça, colo e tuberosidade do rádio, localizados na extremidade proximal.
•Corpo.
•Processo estiloide (localizado na extremidade distal).
•Na face posterior da extremidade distal tem a presença do sulco para os músculos extensores do antebraço, o tubérculo dorsal do rádio, o sulco para o músculo extensor longo do polegar e o sulco para os músculos extensor radial curto do carpo e extensor radial longo do carpo.
Figura 30: Ulna
Fonte: Wikicommons
Na imagem 30 temos a visão anterior (A) e medial (B) da ulna.
Os ossos da mão são os ossos do carpo (Figura 31), os metacarpos (Figuras 31 e 32) e as falanges (Figuras 31 e 32). Os ossos do carpo estão fixados uns aos outros por meio dos ligamentos interósseos. Os ossos carpais estão dispostos em fileiras proximais e distais. Os ossos carpais da fileira proximal são (de lateral para medial) (DANGELO; FATINNI, 2007): Escafóide (possui um tubérculo, chamado tubérculo do escafoide), Semilunar, Piramidal, Pisiforme.
Os ossos carpais da fileira distal são (de lateral para medial): Trapézio (possui o tubérculo do trapézio), Trapezóide, Capitato, Hamato (possui o hámulo do hamato).
Figura 31: Ossos da mão
Fonte: Wikicommons
Os ossos coloridos são os ossos do carpo. A- escafoide, B-Semilunar, C-Piramidal, D-Pisiforme, E-Trapézio, F-Trapezóide, G-Capitato e H-Hamato.
Na mão nós temos os metacarpos, que são ossos localizados entre os ossos do carpo e as falanges dos dedos. Cada mão tem 5 metacarpos. Os metacarpos possuem uma cabeça que se articula com as falanges (localizada na extremidade distal), um corpo e uma base (localizada na extremidade proximal) que se articula com os ossos do carpo. Nos dedos nós temos a presença de três falanges, com exceção do primeiro dedo (polegar), que possui apenas duas falanges. Cada falange contém uma cabeça (localizada distalmente), um corpo e uma base (localizada proximalmente). Nas extremidades das falanges temos o leito ungueal, que é uma superfície achatada, onde fica a unha (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; DANGELO; FATINNI, 2007).
Os ossos que compõem o membro inferior (Figura 32) são os do cíngulo do membro inferior (ossos do quadril), o fêmur, a tíbia, a fíbula, os ossos do pé (tarsos, metatarsos e as falanges).
Figura 32: Ossos do corpo humano.
Fonte: Wikicommons
O osso do quadril (Figura 32) é a fusão dos ossos ílio, ísquio e púbis. O osso do quadril conecta o esqueleto axial com o membro inferior. Os ossos do quadril são unidos anteriormente através da sínfise púbica. A pelve óssea é formada pelo osso do quadril e pelo sacro e cóccix. No osso do quadril temos o forame obturado (que é formado pela fusão dos ossos púbis e ísquio) e o acetábulo, que é uma cavidade onde se articula a cabeça do fêmur, formando a articulação do quadril (contém partes do ísquio, do ílio e do púbis) (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015).
O ílio compõe a maior parte do osso do quadril. Possui uma face póstero lateral em forma de asa. Ao visualizarmos o íleo podemos observar a presença de (DANGELO; FATINNI, 2007):
•Espinha ilíaca ântero-superior e a espinha ilíaca ântero-inferior.
•A crista ilíaca.
•A espinha ilíaca póstero-superior.
•A tuberosidade ilíaca.
•A incisura isquática maior.
•As incisuras glúteas.
•A fossa ilíaca
•A face auricular (que se articula com a face auricular do sacro)
O ísquio está localizado na parte póstero-inferior do quadril. O corpo do ísquio se funde com os ossos púbis e ílio. O ramo do ísquio, se une ao ramo inferior do púbis e forma o ramo ísquiopúbico. Ao visualizar o púbis observamos as seguintes estruturas (DANGELO; FATINNI, 2007):
•Corpo do ísquio.
•Ramo do ísquio.
•O forame obturado.
•Incisura isquiática maior.
•Espinha isquiática.
•Incisura isquiática menor.
O púbis compõe a parte ântero-medial do osso do quadril. Compõe a parte anterior do acetábulo. Ao olharmos para o púbis visualizamos as seguintes estruturas (MOORE e DALLEY, 2001):
•O corpo do púbis
•A crista púbica
•Os tubérculos púbicos
•Ramo superior
•Linha pectínea do púbis
Na coxa nós temos o osso mais longo do corpo, o fêmur (Figura 32). Ao olharmos o fêmur podemos observar as seguintes estruturas (MOORE; DALLEY, 2001):
•A cabeça do fêmur na sua extremidade proximal
•O colo do fêmur, que é a região que fixa a cabeça do fêmur ao corpo do fêmur. Em idosos, com osteoporose, há grande incidência de fraturas de colo do fêmur.
•Trocanter menor, localizado na face póstero medial da junção do colo com o corpo do fêmur.
•Trocanter maior, projetada póstero superiormente na junção do colo com o corpo do fêmur.
•Linha intertrocantérica (região onde o colo se une ao corpo do fêmur).
•A crista intertrocantérica, que une os trocanteres posteriormente. Na crista temos o tubérculo quadrado.
•Tuberosidade glútea.
•O corpo do fêmur, que possui a linha áspera, que se localiza no terço médio do corpo do fêmur. A linha áspera contém os lábios medial e lateral. Temos também o forame nutrício.
•Na extremidade distal do fêmur temos os epicôndilos lateral e medial, as linhas supracondilares direita e esquerda, os côndilos medial e lateral, a fossa intercondilar (entre os côndilos, na região posterior do fêmur), a face patelar (anteriormente) e a linha intercondilar.
Na perna nós temos dois ossos, a tíbia e a fíbula (Figura 32). A tíbia sustenta o peso do corpo. A fíbula é um osso responsável por manter a sustentabilidade da articulação talocrural (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
A tíbia está localizado na região ântero-medial da perna. Possui uma extremidade proximal grande, onde estão os côndilos medial e lateral da tíbia, que é a região onde a tíbia se articula com o fêmur. Os acidentes ósseos encontrados na tíbia são (MOORE; DALLEY, 2001):
•Temos as margens anterior, medial e interóssea.
•Os côndilos medial e lateral e o platô tibial lateral e medial (na extremidade proximal).
•Os tubérculos da eminência intercondilar (na extremidade proximal).
•O ápice da cabeça.
•A tuberosidade anterior da tíbia (na extremidade proximal).
• Área intercondilar posterior.
•No corpo da tíbia temos: a linha do músculo sóleo e o forame nutrício.
•Na extremidade distal nós temos: o maléolo medial, o sulco para o tendão do músculo tibial posterior.
A fíbula está localizada na região póstero lateral da perna. Sua principal função além da citada anteriormente é a fixação de músculos. Na fíbula podemos visualizar os seguintes acidentes ósseos (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Cabeça da fíbula (que se articula com a tíbia)
•Corpo da fíbula
•Maléolo lateral (na região distal da fíbula)
Os ossos do pé são os ossos do tarso, os metatarsos e as falanges (figura 33).
Vale a pena ressaltar que os ossos das mãos são os ossos do carpo e os metacarpos e os ossos dos pés são os tarsos e os metatarsos.
Nos pés temos 7 ossos do tarso (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
•O calcâneo (que é o mais forte e resistente osso do pé, que se articula com o tálus e com o cubóide). O calcâneo possui o sustentáculo do tálus, a tróclea fibular, a tuberosidade do calcâneo.
•O tálus (que possui corpo, colo e cabeça). A cabeça do tálus se articula com o sustentáculo do tálus no osso calcâneo. No corpo do tálus podemos visualizar os tubérculos lateral e medial.
• O navicular (localizado entre a cabeça do tálus, e os três ossos cuneiformes). Possui em sua estrutura a tuberosidade navicular.
•O cuboide, que possui a tuberosidade do cuboide e um sulco para o tendão do músculo fibular longo.
•O cuneiforme medial.
•Cuneiforme intermédio.
•Cuneiforme lateral.
Figura 33: Ossos dos pés.
Fonte: Wikicommons
Podemos visualizar as falanges com cor cinza claro. Em cinza escuro estão os metatarsos. Os ossos do carpo estão em colorido e com letras. A-Calcâneo, B- Tálus, C- Cubóide, D- Navicular, E- Cuneiforme lateral, F- Cuneiforme intermediário, G- Cuneiforme medial.
No pé nós temos também os metatarsos, que conectam os ossos do tarso com as falanges proximais dos dedos do pé. Cada metatarso possui uma cabeça (distalmente), um corpo e uma base (proximalmente). As falanges se articulam com a cabeça dos metatarsos. O hálux (que é o primeiro e maior dedo do pé) possui apenas duas falanges, que são maiores e mais largas. Os outros dedos dos pés possuem 3 falanges cada. Cada falange é composta por uma base (proximalmente), um corpo e uma cabeça, localizada distalmente (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
RESUMINDO: |
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E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o esqueleto humano é dividido em esqueletos axial e apendicular. O esqueleto axial é composto pelo crânio, pelas costelas, pelas vértebras e pelo esterno. Enquanto que o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros superior e inferior. Nos membros superiores temos a escápula, o úmero, a ulna, os rádios, os ossos do carpo, metacarpo e falanges. Nos membros inferiores temos os ossos do quadril, o fêmur, a tíbia, a fíbula, os ossos do tarso, os metatarsos e as falanges. Os ossos tem como funções: protegem os órgãos vitais (como coração, pulmão, órgãos do Sistema Nervoso), fornece apoio para o corpo, são a base mecânica para os movimentos, armazenam sais, produzem células sanguíneas (numa região conhecida como medula óssea). |
OBJETIVO: |
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Ao término deste capítulo você será capaz de entender o conceito e a classificação das articulações do corpo humano. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! |
As articulações são os pontos de junção entre dois ou mais ossos. Elas possuem grau variado de mobilidade, algumas têm mobilidade restrita e outras permitem grande mobilidade. Como exemplo nós temos a articulação do quadril, que possui uma grande mobilidade, permitindo movimentos em vários planos anatômicos.
As articulações são classificadas, de acordo com a composição das estruturas presentes nelas em: articulação sinovial, articulação fibrosa e articulação cartilagínea (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
As articulações fibrosas são caracterizadas pela presença de tecido fibroso unindo as estruturas ósseas que se articular. Temos como exemplo as suturas do crânio, que unem os ossos do crânio. Existem 3 tipos de articulações fibrosas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Suturas
•Gonfoses
•Sindesmoses
As suturas (Figura 34) são articulações restritas ao crânio. Nas suturas, os ossos do crânio são unidos por uma camada de tecido conjuntivo. As gonfoses são uma junção onde um processo em forma de cavilha se articula dentro de um soquete. A gonfose é a articulação que ocorre entre um dente e seu alvéolo (Figura 35), que são mantidos unidos pelo colágeno do periodonto, que conecta o cemento dentário ao osso alveolar. A gonfose não é uma articulação que ocorre entre duas estruturas ósseas. As sindesmoses são articulações fibrosas verdadeiras que ocorrem entre ossos. Essa articulação possui um ligamento interósseo, um cordão fibroso mais delgado ou uma membrana aponeurótica mais densa. São exemplos de sindesmose a articulação rádio-ulnar unida pela membrana interóssea, a articulação tibiofibular unida por um ligamento interósseo e a parte posterior da articulação sacroilíaca (Figura 31) que possui uma membrana aponeurótica mais densa em sua parte posterior (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).
Figura 34: Suturas do crânio.
Fonte: Wikicommons
Figura 35: Articulação entre o dente e o alvéolo.
Fonte: Wikicommons
Figura 36: Articulação sacrilíaca.
Fonte: Wikicommons
As articulações cartilagíneas são unidas por cartilagem hialina ou por fibrocartilagem. Nós temos articulações cartilagíneas temporárias, conhecida como cartilagíneas primárias (sincondroses). Um exemplo de articulação cartilagínea primária é a que ocorre no osso em desenvolvimento, no qual a epífise do osso e o corpo do osso são unidos por uma lâmina ou disco epifisário (Figura 37). Nós temos as articulações cartilagíneas secundárias (sínfises), unidas por fibrocartilagem. Um exemplo de articulação secundária é a articulação que ocorre entre as vértebras, que são unidas pelo disco intervertebral. O disco intervertebral (Figura 38) é responsável por evitar o atrito entre as vértebras, pela resistência e pela absorção do impacto. Ele permite a mobilidade da coluna vertebral (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).
Figura 37: Disco epifisário do joelho de um rato.
Fonte: Wikicommons
Nesta imagem podemos visualizar: 1. Disco epifisário 2. Cartilagem articular 3. Meniscos 4. Trabéculas ósseas 5. Medula óssea 6. Espículas ósseas.
Figura 38: Disco intervertebral.
Fonte: Wikicommons
Durante o começo da vida fetal, os ossos do corpo humano são compostos por uma quantidade grande de cartilagem. Posteriormente essa cartilagem é substituída por osso. Nos adultos as cartilagens persistem nas superfícies das articulações sinoviais e das articulações cartilagíneas. A cartilagem é um tecido conjuntivo com grande capacidade de suportar carga. As células encontradas na cartilagem são os condroblastos e os condrócitos. A cartilagem hialina articular está presente nas articulações sinoviais. A cartilagem hialina possui uma superfície resistente e extremamente lisa, sendo banhada por líquido sinovial. Essas características permitem a movimentação da articulação sem que haja atrito. As fibrocartilagens contém uma quantidade maior de colágeno do tipo 1, e essa característica as diferem dos outros tipos de cartilagem. (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
A articulação sinovial (Figura 39) difere das articulações fibrosas e cartilagíneas porque possui (MOORE; DALLEY, 2001):
•cápsula articular,
•cartilagem articular,
•cavidade articular,
•membrana sinovial e líquido sinovial.
Figura 39: Articulação sinovial.
Fonte: Wikicommons
A cápsula articular mantém as estruturas ósseas unidas e protege a articulação. Ela é composta por fibras de colágeno branco e está inserida em torno das extremidades dos ossos que estão se articulando. A cápsula é perfurada por vasos sanguíneos e nervos. E ela é revestida por membrana sinovial. Geralmente a capsula articular possui ligamentos capsulares, que são espessamentos locais de feixes paralelos de fibras colágenas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
A membrana sinovial reveste as cápsulas articulares, as superfícies ósseas, os ligamento intracapsulares, as bolsas e bainhas tendíneas. Ela não reveste os discos ou meniscos intra-articulares. A cartilagem articular é denominada como menisco ou disco. Os discos/meniscos são fibrocartilaginosos e estão localizados entre as superfícies articulares onde a congruência é pequena. O termo menisco se refere a discos incompletos (exemplo o menisco do joelho). Os discos completos são encontrados nas articulações esterno-clavicular. As cartilagens intra-articulares fornecem amortecimento de choque, melhora a adaptação entre as superfícies ósseas, facilita a realização de movimentos combinados, retringe a translação de articulações como a do joelho e promove uma melhor distribuição de peso sobre as maiores áreas de superfície. Além disso a cartilagem e o líquido sinovial não permitem o atrito entre as extremidades ósseas que se articulam, protegendo o osso do desgaste ósseo (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
O líquido sinovial está localizado dentro das articulações sinoviais, bolsas e bainhas de tendões. O líquido sinovial é um dialisado do plasma sanguíneo, composto por ácido hialurônico e por proteína. é responsável pela lubrificação da articulação e permite a mobilidade articular. O líquido sinovial contém células de defesa. A cavidade articular é a região entre os ossos e que é envolta pela cápsula articular. Existem seis tipos de articulações sinoviais (suas principais características estão resumidas na tabela 2) (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
•Articulações planas (Figura 40)
•Articulações em dobradiça (Figura 40)
•Elipsoide
•Articulações selares (Figura 40)
•Articulações bicondilares (Figura 40)
•Articulações esferoideas (Figura 40)
•Articulações trocoideas (Figura 40)
Com base nos movimentos as articulações podem ser classificadas como (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Uniaxiais: quando os movimentos ocorrem apenas em um plano.
•Biaxiais: quando os movimentos ocorrem em dois planos.
•Multiaxiais: quando realiza os movimentos em três planos.
Quadro 2: Principais características das articulações sinoviais.
Fonte: Adaptada de Moore e Dalley (2001), Drake, Vogl e Mitchel (2015)
Figura 40: Tipos de articulações sinoviais.
Fonte: Wikicommons
As articulações planas possuem superfícies ósseas chatas. Elas são ligeiramente curvas. Realizam o movimento de deslizamento. Um exemplo de articulação plana é a articulação acromioclavicular, como podemos visualizar na figura 41 (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
As articulações em dobradiça são uniaxiais, pois realizam movimentos em apenas um eixo (flexão e extensão). As articulações em dobradiça possuem ligamentos colaterais. São exemplos de articulações em dobradiça as articulações interfalângicas e a umeroulnar. Podemos visualizar a articulação úmero-ulnar na figura 42 (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Figura 41: Articulações do ombro.
Fonte: Wikicommons
A articulação acromioclavicular é uma articulação plana.
Figura 42: Articulação do cotovelo.
Fonte: Wikicommons
As articulações elipisoide é biaxial e possuem uma superfície convexa oval e outra superfície côncava e elíptica. A articulação elipsiode permite os movimentos de flexão-extensão, abdução e adução, além da circundução quando combinamos a flexão, a extensão, a abdução e a adução. Temos como exemplos de articulações elipisoides as articulações radiocarpais e as articulações metacarpofalangianas. As articulações selares são biaxiais. Tem superfícies côncavo-convexas. Um exemplo de articulação selar é a articulação carpometacarpal do polegar.
As articulações bicondilares são uniaxiais. As articulações bicondilares possuem dois côndilos articulares que se articulam com uma superfície côncava ou plana. Temos como exemplos de articulações bicondilares a articulação do joelho e a articulação temporomandibular. As articulações esferóideas são multiaxiais. Possuem como extremidades articulares uma cabeça em forma de globo dentro de uma cavidade oposta. Temos como exemplos de articulações esferóideas as articulações do ombro e do quadril. As articulações de pivô ou trocoideas também são uniaxiais, onde um pivô ósseo se articula com um anel. Nessa articulação ocorre o movimento de rotação. Temos como exemplos de articulações de pivô, a articulação da cabeça do rádio dentro do ligamento anular e da incisura radial da ulna, e a articulação entre o dente do áxis e o atlas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
As articulações possuem receptores (terminações) nervosos situados geralmente na cápsula articular ou perto dela. Esses receptores fornecem ao sistema nervoso central informações sobre a posição, movimentos e os esforços que estão atuando sobre as articulações. As terminações nervosas encontradas nas articulações são (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
•Terminações nervosas do tipo 1: estão localizados nas camadas superficiais das cápsulas fibrosas das articulações e fornecem informações sobre a posição e os movimentos das articulações.
•Terminações nervosas do tipo 2: São encontradas em toda a extensão das cápsulas articulares. São sensíveis a alterações de movimentos e pressão.
•Terminações do tipo 4: Estão localizados nas cápsulas articulares, nos corpos adiposos adjacentes e em torno dos vasos sanguíneos da membrana sinovial. Respondem a movimentos excessivos. Fornecem uma base para a dor articular.
RESUMINDO: |
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E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que as articulações são os pontos de junção entre dois ou mais ossos. As articulações são classificadas, de acordo com a composição das estruturas presentes nelas em: articulação sinovial, articulação fibrosa e articulação cartilagínea. A articulação sinovial possui cápsula articular, cartilagem articular, cavidade articular e líquido sinovial. As articulações fibrosas são caracterizadas pela presença de tecido fibroso unindo as estruturas ósseas que se articular. As articulações cartilagíneas são unidas por cartilagem hialina ou por fibrocartilagem. |
referências
DANGELO, J. G.; FATINNI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3º. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.
DRAKE, R. L.; VOGL, W.; MITCHEL, A. W. M. Gray’s anatomia para estudantes. 3º. ed. São Paulo: GEN Guanabara Koogan, 2015.
GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. [S.l.]: Elselvier, 2017. 1176 p.
JARMEY, C. Músculos: Uma abordagem concisa. 1. ed. São Paulo: Manole, 2008.
MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 4º. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, v. 1, 2001.
PINA, J. A. E. Anatomia da locomoção humana. 2º. ed. Lisboa: Lidel, 1999.
STANDRING, S. Gray’s anatomia: A base anatômica da prática clínica. 40. ed. Rio de Janeiro: Elselvier/Medicina nacionais, 2010.